Após ser submetido a uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma entre o cérebro e a membrana que o envolve, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar neste domingo (15/12). Internado por seis dias, o petista segue em recuperação domiciliar em São Paulo e será monitorado por uma equipe médica até a próxima quinta-feira (19/12), quando uma tomografia indicará sua liberação para retomar a rotina em Brasília.
A recuperação de Lula tem sido avaliada como positiva pelos médicos. Durante o período em casa, ele terá restrições de atividade física e manterá acompanhamento clínico diário. A expectativa é que o presidente volte ao trabalho em breve, caso os exames confirmem o progresso esperado.
Mesmo afastado fisicamente do Palácio do Planalto, Lula comentou durante entrevista a um telejornal de âmbito nacional neste domingo sobre a reforma tributária em tramitação no Congresso. Ele enfatizou que o governo não pretende aumentar tributos com as mudanças e que a equipe econômica analisará as futuras alterações feitas pela Câmara dos Deputados no texto do projeto.
O Senado aprovou na última semana a criação de regras para a cobrança de três novos impostos sobre o consumo, avançando na regulamentação da reforma tributária. Agora, o texto retorna à Câmara, que inicia os debates nesta segunda-feira (16/12) para ajustes finais antes de enviá-lo à sanção presidencial.
A reforma é vista como uma das principais pautas econômicas do governo Lula, que reiterou o compromisso de conduzi-la sem onerar ainda mais os contribuintes. A proposta busca simplificar a estrutura tributária, enquanto mantém o foco na recuperação da saúde financeira do país.
“Nós fizemos aquilo que é possível fazer mandando [o pacote] para o Congresso Nacional. A única coisa errada nesse país é a taxa de juros estar acima de 12%. Essa é a coisa errada. Não há nenhuma explicação”, disse Lula.