O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou nesta terça-feira (25/2) a retomada de obras paradas de escolas infantis e a construção de 30 novas unidades a partir de 2026. O anúncio foi feito durante a entrega de 38 novas vagas no Centro de Educação Infantil (CEI) Suely Paschoal, no Setor Jaó.
Segundo a prefeitura, a Rede Municipal de Ensino abriu 3.410 novas vagas neste começo de ano e mais 2.590 vagas estão sendo disponibilizadas, totalizando 6 mil vagas. Em coletiva de imprensa, Mabel afirmou que está prevista a retomada de obras de quatro ou cinco Cmeis que estão paradas e que está prevista a construção de 30 novas unidades a partir de 2026.
A ampliação do CEI Suely Paschoal é uma parceria da Prefeitura de Goiânia com o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE/GO). Com a inauguração de duas novas salas de aula, o espaço passa a oferecer atendimento a 128 crianças.
Giselle Faria, secretária Municipal de Educação, destacou a importância da parceria com o TCE para ampliar o acesso das crianças à educação, ressaltando o cuidado e dedicação dos professores e funcionários. Ela enfatizou que a prefeitura busca a excelência na educação infantil, garantindo que nenhuma criança fique fora da sala de aula, conforme meta do prefeito Sandro Mabel.
O evento contou ainda com a participação da vice-prefeita Cláudia, do comandante da Guarda Civil Metropolitana, Gustavo Toledo, e de servidores do TCE e do Centro de Educação Infantil.
‘Oportunidade para que crianças tenham um futuro melhor’
O Centro de Educação Infantil Suely Paschoal, que funciona na área externa do TCE, é destinada a crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos. O convênio entre o órgão estadual e a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia foi firmado em 2017, possibilitando o atendimento da comunidade vizinha ao tribunal, no Setor Jaó, com vagas reservadas para filhos de servidores do órgão.
“A parceria entre a prefeitura e o TCE é uma atitude importante, e vamos levar esse exemplo para muitas empresas que têm condições de fazer o mesmo. Estamos abertos a essas parcerias para beneficiar as nossas crianças”, disse Mabel, destacando o esforço do presidente do Tribunal em ampliar o número de vagas no CEI.
“É um sinal de que o senhor (Valin) está dando oportunidade para que nossas crianças tenham um futuro melhor”, pontuou.
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Ao destacar o convênio entre a prefeitura e o TCE, Helder Valin falou da importância da abertura de novas vagas no CEI.
“O Tribunal tem um trabalho de fiscalização e de acompanhamento das contas do governo do Estado, mas tem também uma responsabilidade social. Fico feliz em ter aqui no Tribunal um CEI que é uma referência de qualidade para o acolhimento das crianças”, pontuou.
“Agradeço ao prefeito Sandro Mabel pela disposição e colaboração nessa parceria, que pode ser levada a outras unidades, com a qualidade que temos aqui”, acrescentou.
Romário Policarpo propõe desapropriar imóveis abandonados
Na segunda-feira (24/2), o prefeito Sandro Mabel e o presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo, vistoriaram um prédio em demolição no Setor Oeste, antigo espaço da Celg e da Secretaria Estadual de Educação, que atualmente abriga pessoas em situação de rua.
Durante a inspeção, Mabel destacou que um levantamento preliminar apontou cerca de 200 imóveis abandonados na cidade, colocando em risco a segurança dos moradores e prejudicando o equilíbrio urbanístico.
“Não podemos ter isso na nossa cidade”, afirmou o prefeito.
No caso do prédio vistoriado, os proprietários se manifestaram após verem uma postagem do prefeito nas redes sociais e se comprometeram a demoli-lo em 30 dias.
“É o que está acontecendo. Estão demolindo, vão retirar o material e dar um destino ao imóvel”, relatou Mabel.
Para evitar que situações semelhantes se repitam, o vereador Romário Policarpo apresentou um projeto de lei que visa agilizar a desapropriação de imóveis abandonados, destinando-os preferencialmente à habitação de interesse popular. A proposta surge para combater o abandono que gera insegurança e prejuízo na arrecadação de impostos municipais. Segundo o prefeito, a iniciativa também tem o objetivo de redefinir o destino desses bens, responsabilizando os proprietários.
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Policarpo informou que o projeto, apresentado no ano passado, está pronto para ser votado, embora ainda precise de uma discussão mais aprofundada. Ele destacou que “o projeto visa a tomada desses locais que estão abandonados e que também devem impostos municipais”, funcionando como mecanismo para simplificar a desapropriação de imóveis inadimplentes, priorizando a habitação de interesse social.
Após sua apresentação, o andamento do projeto ficou paralisado, mas foi reativado recentemente.
“Agora, a pedido do prefeito Sandro, nós reativamos esse projeto e ele voltou a tramitar normalmente”, disse Policarpo, que acredita que sua aprovação exigirá discussões mais aprofundadas.
O vereador destacou que, embora os proprietários tenham autonomia sobre seus imóveis, o abandono não pode ser tolerado, pois gera insegurança e facilita crimes.
“O que o poder público não pode aceitar é o abandono, que causa insegurança e que muitas vezes acontecem crimes nesses locais”, afirmou, ressaltando a importância do cumprimento das leis municipais.