Hoje é 21 de novembro de 2024 13:46

Ministério Público vai pedir pena de 84 anos para assassinos de Marielle Franco

Tribunal do Júri dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz começa hoje às 9 horas e deve contar com depoimentos de testemunhas e réus presenciais e remotos
Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi morta em 2018 ao lado de Anderson Gomes em uma emboscada que também feriu a assessora Fernanda Chaves

O julgamento dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, começa nesta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. O caso ocorre seis anos após o crime, ocorrido em março de 2018. A sessão tem início previsto para às 9 horas e deve contar com depoimentos de testemunhas e réus presenciais e remotos.

Ao longo de dois dias, nove testemunhas serão ouvidas, sendo sete indicadas pelo Ministério Público, incluindo a assessora e sobrevivente do ataque, Fernanda Chaves. Outras duas testemunhas foram convocadas pela defesa de Lessa, enquanto a defesa de Élcio Queiroz optou por não apresentar testemunhas.

Lessa e Queiroz também prestarão depoimento por videoconferência diretamente dos presídios onde estão detidos, em Brasília e São Paulo. O júri será composto por sete pessoas selecionadas dentre 21 convocados, que ficarão isolados e dormirão nas dependências do Tribunal de Justiça durante todo o julgamento.

O Ministério Público acusa os réus de duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves. O órgão pede a pena máxima, que pode alcançar 84 anos de prisão para cada um. Caso se confirmem as delações premiadas, Élcio pode cumprir até 12 anos, e Lessa, 18 anos, em regime fechado. 

Ambos já estão detidos há cinco anos e sete meses. Os réus foram transferidos de presídios federais para penitenciárias estaduais e Lessa teve bens desbloqueados pela Justiça. Os acordos de delação, contudo, podem ser anulados caso se comprovem omissões ou mentiras.

A investigação também envolveu o Supremo Tribunal Federal (STF) devido à citação de parlamentares na delação. Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi morta em 2018 ao lado de Anderson Gomes em uma emboscada que também feriu a assessora Fernanda Chaves.

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