Jade Fernandes, uma maquiadora e miss trans de 23 anos, acusa o delegado Kleyton Manoel Dias de estupro em Goiânia. A vítima alega ter sido dopada antes do abuso, ocorrido no porta-malas do carro do delegado, enquanto era levada até sua casa. As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (8).
A defesa de Jade divulgou que um exame pericial confirmou a ocorrência de conjunção carnal no dia do crime. Outro exame, para identificar se a vítima foi dopada, está em andamento, com resultado previsto em até 30 dias.
O juiz Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro concedeu medida protetiva para Jade. O delegado está afastado das funções e atua em uma unidade administrativa e deve permanecer a uma distância mínima de 300 metros da miss e de seus familiares, com quem também não pode interagir por nenhum meio de comunicação (telefone, whatsapp, carta, e-mail e outros), bem como não pode frequentar os mesmos locais.
A Polícia Civil, ciente do caso, tomou medidas para esclarecimento, designando a Delegacia da Mulher (Deaem) para investigação, com apoio da Corregedoria. Kleyton foi afastado e passou a atuar em uma unidade administrativa.
Crime sexual aconteceu após uma festa na última sexta-feira, dia 5
O crime teria ocorrido na madrugada de sexta-feira (5), após Jade participar de uma festa em boate. O delegado, também presente, ofereceu carona a ela e a outra mulher. Durante o trajeto, o delegado parou em local escuro e pouco movimentado, forçando a vítima a praticar sexo, segundo seu relato.
Uma câmera de segurança registrou Jade saindo nua do veículo, com o delegado retornando posteriormente para deixar seu vestido na porta de casa. Imagens anteriores mostram ambos juntos na boate.
Em nota à imprensa, a defesa de Kleyton Manoel Dias, alega que “de início, repudia veementemente as acusações e se coloca à inteira disposição das autoridades nas investigações que apuram o caso”. A nota também diz que eles “aguardem as conclusões das investigações no esclarecimento dos fatos, que ao final irá demonstrar a sua inocência”.