Uma mulher de 28 anos decidiu cortar os próprios pulsos para denunciar que sofria violência doméstica e era mantida em cárcere privado. O caso aconteceu em Goiânia.
De acordo com a vítima, o casal está junto há 10 meses. Ela relatou à polícia que o namorado lhe impedia de usar o celular e de se comunicar com os familiares.
A mulher ainda disse que resolveu tentar tirar a própria vida para ser levada ao hospital ou “deixada para morrer” porque estava cansada dos espancamentos cometidos pelo agressor.
“Vendo a vítima com pulso cortado, ele demorou para prestar socorro, mas ao ver que a situação era grave, resolveu, sob ameaças e safanões, leva-la ao hospital”, diz um trecho da ocorrência.
A vítima foi levada pelo agressor ao Hospital Neurológico de Goiânia. Durante o atendimento, ela disse aos médicos que os cortes nos braços foram a única maneira de conseguir socorro.
Em seguida, ela foi encaminhada para a assistente social da unidade de saúde, que acionou a Patrulha Maria da Penha.
Agressor invade a emergência e retira vítima à força
Ao ter conhecimento de que a namorada ficaria internada em observação, o homem invadiu a emergência e retirou à força a vítima. Segundo a polícia, ele arrancou o acesso intravenoso da mulher e tentou sair da unidade sem autorização.
Todavia, o homem foi barrado na portaria, momento em que uma funcionária alegou que precisaria pagar as despesas médicas.
Dessa forma, ele pediu por celular para outra pessoa fazer o pagamento via PIX, porém a atendente informou que essa forma de pagamento não era aceita, uma forma para ganhar mais tempo até a chega da polícia.

Completamente nervoso e agressivo, o homem chegou a ameaçar jogar o carro contra a cancela do estacionamento, quando a viatura do Batalhão Maria da Penha chegou e fez a abordagem.
Ele resistiu à prisão, mas foi contido e conduzido para a Central de Flagrantes, onde está à disposição do Judiciário.
A vítima foi levada novamente para o hospital e agora conta com medida protetiva.