A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu preventivamente, nesta terça-feira (3/12), uma mulher investigada por extorsão. Ela foi denunciada por ameaçar divulgar imagens íntimas de um homem com quem conversou por um aplicativo de mensagens. A ação foi realizada pela 10ª Delegacia de Polícia de Goiânia, vinculada à 1ª Delegacia Regional de Polícia.
De acordo com a apuração, a vítima manteve uma interação online com a mulher no final de julho deste ano. Na ocasião, ela teria gravado a tela quando recebeu cenas íntimas. Posteriormente, passou a exigir dinheiro da vítima em troca de não divulgar os vídeos.
Inicialmente, a vítima tentou bloquear a suspeita e não atendeu às suas determinações. No entanto, ela teria entrado em contato com a esposa do homem, informando que possuía o material e requisitando uma transferência via PIX. Ela ameaçava divulgar as imagens na cidade do casal, localizada no interior de Goiás, caso o pagamento não fosse efetuado.
Enquanto a vítima registrava o boletim de ocorrência, os investigadores averiguaram que o PIX informado estava vinculado a uma conta bancária de uma terceira pessoa que utilizava tornozeleira eletrônica. Com essas informações, os agentes localizaram e prenderam a titular da conta, que foi autuada em flagrante.
Durante o interrogatório, no entanto, a detida afirmou que havia vendido sua conta bancária em maio de 2024 a uma travesti chamada Natália, que seria a responsável por interagir com as vítimas e realizar as extorsões. Natália não foi localizada no momento inicial da investigação. Sua prisão preventiva aconteceu somente nesta terça-feira (3/12).
A Polícia Civil também divulgou a imagem da investigada, seguindo os critérios da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria Normativa nº 547/2021/DGPC. O objetivo é ajudar a identificar outras vítimas que possam ter sido alvo de ações semelhantes.
PC prende 6 suspeitos de tráfico de drogas em Caldas Novas
Em outra operação, a Polícia Civil de Goiás prendeu seis suspeitos por tráfico de drogas em Caldas Novas nessa terça-feira (3/12). Segundo a investigação, eles estariam em um hotel de luxo na cidade. A ação foi realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) e, além das prisões temporárias, seis mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares foram cumpridos em Goiânia, Anápolis e Caldas Novas.
Para o delegado Danilo Wendel, os investigados são jovens pertencentes a famílias de classe média alta. Foi apurado que eles chegaram a criar um CNPJ para movimentar os valores provenientes da venda das drogas.
“Chama a atenção, né, porque trata-se de indivíduos que ostentam uma classe média alta. Inicialmente, eles formavam uma espécie de consórcio. A gente apurou que era uma espécie de consórcio, aportavam valores e conseguiam adquirir esses entorpecentes em uma maior quantidade. Esses entorpecentes chegavam a Goiânia, eles faziam uma difusão dessa droga e, do lucro dessa comercialização, abriram uma pessoa jurídica e criaram uma conta onde faziam os aportes e, posteriormente, enviavam esses valores para uma conta internacional”, afirmou o delegado sobre a sofisticação do esquema.
Ele comenta que o grupo trabalhava com entorpecentes de alto valor agregado que eram vendidos em festas eletrônicas. Dessa forma, a investigação deve continuar para chegar ao fornecedor das substâncias.
“Essa droga… eles trabalhavam basicamente com skank, conhecido como supermaconha, e também com uma droga nova que está surgindo aos poucos no mercado, conhecida aí como ‘meleca de maconha’, que tem um teor de canabidiol mais avançado do que a maconha comum”, explicou.
Adolescente é investigada por dar cigarro eletrônico para bebê de colo
Em Anápolis, uma menina de 15 anos é investigada após ter postado um vídeo nas redes sociais dando um cigarro eletrônico para um bebê de 11 meses. A Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) abriu um inquérito para apurar o caso.
“A autora do fato é menor de idade. A DEPAI instaurou procedimento para apuração da conduta análoga aos crimes de fornecer o cigarro à criança e maus-tratos. Estamos em diligência para inquirir a adolescente, responsáveis e testemunhas”, explicou a delegada Kênia Batista.
O vídeo, postado de modo que só pessoas selecionadas pudessem ver, acabou circulando em grupos da internet. A menina, que é tia paterna da criança, entrega o cigarro para ele, que o coloca na boca e suga. Em seguida, ele expira a fumaça, como se tivesse fumado, e começa a tossir, enquanto a garota dá risada da situação.
A venda de produtos que possam causar dependência física ou psíquica é proibida para crianças e adolescentes pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso, a comercialização de todos os dispositivos eletrônicos para fumar é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no país desde 2009.