Uma mulher grávida de quatro meses foi assassinada pelo namorado em Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal. Andressa Martins da Silva, de 24 anos, foi baleada dentro da casa dos pais na noite de segunda-feira (10/3). O suspeito, Paulo César Gonçalves, de 38 anos, fugiu para Souzalândia, distrito de Barro Alto, onde foi encontrado e preso no dia seguinte. Segundo a Polícia Militar de Goiás, ele confessou o crime, alegando que o disparo foi acidental.
O corpo da vítima foi descoberto na manhã seguinte pelo pai, que estranhou a porta trancada e, ao olhar pela janela, viu sangue no chão. Paulo César afirmou que, após o tiro, ficou em choque e cobriu Andressa com sua jaqueta antes de fugir. Além do feminicídio, ele pode responder por porte ilegal de arma, já que não possuía registro do revólver usado no crime.
A polícia identificou o paradeiro do suspeito por meio de investigações e, ao abordar a mãe dele, recebeu informações desencontradas. No entanto, a irmã revelou que ele estava escondido em uma propriedade rural a 10 km de Souzalândia. O proprietário do local confirmou sua presença e permitiu a entrada da equipe policial, que efetuou a prisão. Durante a abordagem, Paulo César revelou que entregou a arma do crime ao irmão, em Santo Antônio do Descoberto. A polícia segue investigando o caso e busca esclarecer todos os detalhes do feminicídio.
Médico condenado por feminicídio é preso por novo crime sexual em Goiânia
O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior foi preso nesta sexta-feira (14/3), em Goiânia, após a Justiça de Morrinhos determinar a regressão de sua pena. Condenado pelo feminicídio da ex-mulher em 2011, ele cumpria regime aberto, mas teve a punição agravada após ser denunciado por abuso sexual contra uma adolescente de 17 anos. A jovem relatou que foi vítima do crime durante uma consulta médica em fevereiro deste ano.
Segundo informações do Ministério Público, Alfredo teria utilizado sua posição para cometer o abuso e há outras denúncias semelhantes contra ele. Durante a consulta, o médico alegou que a paciente possuía “útero invertido” e tentou convencê-la a passar por um procedimento no próprio consultório. O MP destacou que a conduta do médico demonstra um padrão de comportamento criminoso. Em nota divulgada para imprensa, a defesa do acusado afirmou que tomará as medidas cabíveis para reverter a decisão.
O histórico de Alfredo inclui a condenação pelo assassinato da ex-mulher, Magda Maria Braga de Mattos, ocorrido em 1999, em Minas Gerais. Na época, ele dopou a ex-sogra e injetou álcool no soro da vítima, causando sua morte. O médico recebeu o direito de recorrer em liberdade, mas, com a nova denúncia, a Justiça determinou sua prisão e o monitoramento com tornozeleira eletrônica. O caso do abuso sexual corre sob segredo de justiça.