Hoje é 21 de novembro de 2024 21:09

PCGO prende dezenas de suspeitos por golpe da falsa central de banco

Foram bloqueadas 438 contas bancárias e cumpridos 95 mandados judiciais em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco
De acordo com a Polícia Civil, somente em Goiás, ao menos 27 pessoas denunciaram o golpe somando um prejuízo de R$ 200 mil // Foto: PCGO

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (GREF), realizou uma operação nesta quinta-feira (21/11) com a intenção de desarticular uma associação criminosa especializada no golpe da “falsa central bancária”. Ao todo, foram cumpridos 95 mandados judiciais, sendo 58 de busca e apreensão e 37 de prisão, em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. 

A ação também bloqueou 438 contas bancárias dos suspeitos, na tentativa de que, com o decorrer do processo, as vítimas possam ser ressarcidas. Em Goiás, 27 pessoas denunciaram o golpe, com um prejuízo estimado em R$ 200 mil.  

O delegado Eduardo Gomes, que conduz a operação, explicou que a apuração vai continuar para identificar todos os envolvidos e entender como funciona o esquema. 

“Nós apreendemos computadores e notebooks. Acredito que, através da extração de informações pela perícia, a gente vai conseguir identificar realmente essas centrais criminosas e ver cada vez mais como estão sendo aplicados esses golpes”, comenta. 

De acordo com as investigações, esse esquema começava com o envio de mensagens por SMS, e-mail, ligações ou aplicativos de mensagens informando sobre compras falsas em contas bancárias ou cartões de crédito. Nesse momento, a pessoa era orientada a, caso não reconhecesse a transação, ligar para um número 0800 indicado. 

Quando a vítima fazia a ligação, era atendida por uma “falsa central bancária”, que imitava perfeitamente as centrais legítimas. Os golpistas a convenciam a inserir sua chave PIX para, supostamente, cancelar a transação ou instalar aplicativos de acesso remoto ao dispositivo. 

Essas ações permitiam que os criminosos controlassem os aparelhos e realizassem transferências bancárias indevidas. O prejuízo só era descoberto posteriormente, quando os suspeitos já estavam com o dinheiro. 

O delegado afirma que o grupo utilizava bancos de dados para adquirir informações das vítimas. 

“As mensagens informavam sobre dívidas inexistentes ou compras elevadas no cartão de crédito, levando a vítima a ligar para um número falso. Pedimos que as pessoas sempre confirmem o número indicado na mensagem com o que está no verso do cartão de crédito”, diz o delegado. 

Ele explica que é preciso ter cautela ao receber uma mensagem como essa e não ligar imediatamente para o número indicado. 

“Então a gente pede calma para as vítimas. Orientamos a verificar: se a pessoa tem um aplicativo do cartão de crédito, entre no aplicativo para ver se teve alguma compra, se teve alguma coisa diferente. Pode ter sido clonado o cartão? Pode. Então acesse e confirme, não ligue imediatamente para aquele número”, informa. 

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