Hoje é 22 de dezembro de 2024 09:23

PF prende 16 suspeitos de participar da troca de malas de brasileiras presas por tráfico de drogas na Alemanha

Jeanne e Kátyna ficaram presas 38 dias após terem as malas trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, enquanto aguardavam o voo que as levaria para Frankfurt
Jeanne e Kátyna embarcaram em Goiânia | Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18/7) a segunda fase da Operação Efeito Colateral para prender integrantes da quadrilha responsável pelo esquema de tráfico internacional de drogas que levou para a cadeia as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, em março deste ano. 16 pessoas suspeitas de envolvimento no caso foram presas em São Paulo.

Ainda de acordo com a PF, a ação tem como objetivo cumprir 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo.

No entanto, até o fechamento desta matéria foram confirmadas 16 prisões. Duas pessoas com mandados de prisão temporária seguem foragidas.

Ainda conforme a Polícia Federal, as investigações apontaram quem eram os mandantes do crime e outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.

Relembre o caso

Jeanne e Kátyna tiveram as malas trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, enquanto aguardavam o voo que as levaria para Frankfurt, na Alemanha. As duas ficaram 38 dias presas depois que encontraram cocaína nas bagagens.

A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.

Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.

A Polícia Federal começou a investigar o caso e disse que elas eram inocentes. Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São Paulo, despacham bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha e vão embora em 3 minutos.

As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.

As malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

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