Manoel Messias Rodrigues e Suely Carvalho
Após término do período de janela partidária, quando vereadores puderam mudar de partido sem risco de perder o mandato, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia passou por mudanças significativa na composição das forças políticas. Segundo maior município do estado, a cidade tem 25 cadeiras de vereador. O MDB, que já era o maior partido com seis vereadores, agora conta com sete parlamentares. As surpresas ocorreram no PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal Professor Alcides, e no União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado. PL e União Brasil não tinham nenhum vereador e, agora, tem seis vereadores cada um.
O União Brasil recebeu Amendoim, anteriormente no PDT; Araújo, que saiu do MDB; Camila Rosa, vinda do PSD; Erivelton Contador e Lelis Pereira, ambos do PP; e Isaac Martins, que era do PRD.
Já o PL passa a contar com André Fortaleza (presidente da Câmara), Élio Bom Sucesso e Gleison Flávio – todos deixaram o MDB. Além deles, Domingos Rodrigues, antes no Cidadania, Getúlio Andrade, do PV, e Leandro da Pamonharia, que saiu do Agir, também se filiaram ao PL.
Essa nova configuração ganha mais relevância no cenário eleitoral deste ano. Em Aparecida de Goiânia, o prefeito Vilmar Mariano, que deixou o MDB e se filiou ao União Brasil, busca a reeleição e deve contar com apoio do MDB. Portanto terá um time forte de vereadores para apoiá-lo, já que União Brasil e MDB somam, juntos, 13 parlamentares. Candidato do PL, Professor Alcides começa com menos da metade de vereadores no seu partido, seis.
O PSD, que tinha dois vereadores, Camila Rosa e Hans Miller, ficou sem nenhum. Integrantes da sigla chegaram a declarar apoio à pré-candidatura de Professor Alcides, mas de última hora a chapa de vereador foi esvaziada e o partido deve apoiar a reeleição do atual prefeito.
Hans Miller se filiou ao MDB e Camila Rosa (foto) foi para o União Brasil e deve manter apoio a Vilmar Mariano.
“Eu fui a 10ª parlamentar mais votada dos 600 candidatos na última eleição, então só conseguiria migrar para um partido grande. O UB e o MDB seriam minhas opções por escolha. Acho que o partido ficou grande, com chances reais de fazer 5 ou 6 vereadores. Agora, é trabalhar”, diz Camila, confiante.
Já o vereador Isaac Martins (foto), que deixou o PRD, conta que filiou-se ao União Brasil por ser líder do prefeito na Câmara Municipal e também porque seu antigo partido não conseguiu montar uma chapa competitiva de vereadores.
“Esse momento nos permitiu buscar uma legenda em que nos sentimos mais confortável e a vontade de buscar novamente condições de disputar a eleição para vereador. O que a gente almeja é contribuir com o partido e ajudar o desenvolvimento de Aparecida, melhorando a qualidade de vida de todos aparecidenses”, afirma Martins.
Fábio Leal, que deixou o partido Progressistas (PP) e agora é do MDB, diz que optou ir para um partido tradicional no município, segundo ele, mais competitivo.
“O partido montou uma chapa à minha altura, como vereador por Aparecida pelo segundo mandato. Sempre tive uma simpatia gigante pelo partido e agora terei a oportunidade de estar ladeado com outros vereadores que aderiram, para fortalecer o partido na cidade e continuar construindo nossa história agora como parlamentar do MDB em Aparecida”, comemora Fábio.