A Polícia Civil de Goiás investiga a morte de uma mulher ocorrida no dia 16 de novembro. O principal suspeito do crime, o ex-companheiro da vítima, José Divino de Oliveira, de 62 anos, está foragido. A prisão temporária do investigado já foi decretada pela Justiça, após pedido da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Caldas Novas e parecer favorável do Ministério Público.
De acordo com as investigações, Alessandra foi encontrada morta sobre a cama, em sua residência. O corpo foi descoberto pelo filho da vítima, que arrombou a porta do quarto após chamar repetidamente e não obter resposta. Ele tentou prestar socorro, mas ela faleceu no imóvel.
Informações preliminares apontam que a morte pode ter ocorrido por asfixia, supostamente após uma discussão entre o casal. Segundo o delegado Alex Miller, responsável pelo caso, o homem foi visto agindo de forma suspeita antes de fugir. Ele também enviou uma mensagem ao filho, informando que não estaria no local quando este retornasse.
“Verificou-se que, por volta das 13h do dia do crime, ocorreu uma discussão entre a vítima e o investigado. Pouco tempo depois, ele teria levado a motoneta da vítima até um imóvel próximo, colocado-a sobre a calçada e feito contato com o filho, informando que não estaria em casa ao seu retorno. O filho, ao chegar, encontrou o quarto trancado e, ao arrombar a porta, deparou-se com a vítima inconsciente.”, informou o delegado.
As apurações tiveram início imediatamente após a ocorrência, com apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas, que coletou informações no local. Alex Miller afirmou que as circunstâncias indicam um crime de feminicídio.
“A Polícia Civil do Estado de Goiás continua as investigações alusivas às circunstâncias da morte da vítima Alessandra. As apurações indicam a provável prática do crime de feminicídio, recaindo os indícios de autoria sobre o ex-companheiro da vítima, José Divino de Oliveira”, declarou o delegado.
Com a prisão temporária decretada pela Justiça, José Divino segue foragido. A Polícia Civil divulgou sua imagem para ajudar na localização e produção de novas provas, com base na legislação da Lei n. 13.869/2019, Portaria Normativa n° 547/2021/DGPC.
O delegado Alex Miller solicita que a população auxilie na investigação caso tenha informações. “Solicitamos que qualquer informação sobre o paradeiro do investigado seja encaminhada à Polícia Civil. É essencial para a continuidade das investigações e para a produção de novas provas.”
PC prende líder de associação criminosa que estava foragido no Distrito Federal
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), prendeu na última quinta-feira (21/11), no Distrito Federal, Gilmar Pereira de Sousa, apontado como líder de uma associação criminosa especializada no furto de gado. A ação contou com o apoio dos Batalhões Rurais das Polícias Militares de Goiás (PMGO) e do Distrito Federal (PMDF).
A investigação teve início em janeiro deste ano, após o furto de 61 cabeças de gado de uma propriedade rural em Jaraguá (GO). O gado foi transportado em dois caminhões e, pouco depois, recuperado pelo Batalhão Rural da PMGO. As investigações da DERCR identificaram três suspeitos envolvidos no crime, incluindo um funcionário da fazenda da vítima.
Dois dos suspeitos tinham extensos antecedentes criminais e ligações com uma organização criminosa que atua em diversas áreas, incluindo crimes no meio rural. Com base nas provas reunidas, a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão temporária dos três investigados, pedido que foi aceito.
O líder da associação criminosa, Gilmar Pereira de Sousa, estava foragido há quase um ano. Com passagens por homicídio, tráfico de drogas e envolvimento com uma facção criminosa, Gilmar contava com uma rede de apoio que o ajudava a se esconder, mudando frequentemente de endereço e de estado. Sua prisão foi realizada nesta semana no Distrito Federal, encerrando sua fuga.
Casal é investigado pela morte da arara Pipoca em Trindade
A Polícia Civil de Goiás concluiu as investigações sobre a morte da arara Pipoca, um animal silvestre muito querido na região de Trindade, na Grande Goiânia. Pipoca, uma Arara-Canindé que vivia livremente há anos, interagia com moradores e comerciantes e era amplamente conhecida nas redes sociais, com mais de 14 mil seguidores.
Conforme a investigação, um casal havia levado a ave para uma residência e cortado suas asas, o que impediu seu retorno ao habitat natural e a deixou debilitada. O delegado Thiago Escandolhero, responsável pelo caso, explicou que a identificação dos autores foi possível graças à análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas.
“Identificamos um casal levando a Pipoca para um local que não era o habitat dela. Eles seguravam a ave pelas patas e a levaram para uma casa, longe do local onde ela estava habituada a ficar”, relatou Escandolhero.
Inicialmente, o casal afirmou que haviam apenas andado com a arara por algumas esquinas, mas as provas e depoimentos apontaram o contrário. A suspeita é de que eles tenham cortado as asas do animal, que foi encontrado morto dias depois.
“O casal entrou em contradição ao tentar explicar sua relação com a arara. Um afirmou que não a levou para dentro da residência, enquanto o outro disse ter ficado apenas na esquina. Já a mãe de um deles foi categórica em confirmar que Pipoca esteve na casa e depois desapareceu. Se não fossem responsáveis, por que mentiriam?”, questionou o delegado.
Os dois suspeitos responderão pelo crime de maus-tratos a animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, com o agravante da morte da ave. A pena pode chegar a três anos de prisão, além de multa.