Hoje é 19 de abril de 2025 16:56

Polícia desarticula esquema que movimentou R$ 93 milhões com golpe na internet

Operação cumpriu, em várias cidades do país, sete mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra integrantes da organização criminosa
Investigação se iniciou após vítima de Goiânia denunciar prejuízo de R$ 109,3 mil por cair no chamado golpe das missões // Foto: PCGO

Sete pessoas foram presas preventivamente durante uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) para desarticular um esquema criminoso de fraude eletrônica conhecido como “golpe das missões”. A ação, realizada na última quarta-feira (19/2), contou com o apoio das polícias civis do Acre, Rio de Janeiro e São Paulo e cumpriu 20 mandados judiciais, incluindo buscas em Goiânia (GO), Rio Branco (AC), Tarauacá (AC), São João de Meriti (RJ), Belford Roxo (RJ) e São Paulo (SP).

As investigações começaram após uma vítima de Goiânia denunciar um prejuízo de R$ 109,3 mil. Outras 716 pessoas que também tiveram prejuízos com o esquema foram identificadas em todo o Brasil. O golpe funcionava por meio da promessa de dinheiro fácil em troca de pequenas tarefas online, como curtir postagens ou avaliar estabelecimentos. As vítimas eram induzidas a investir quantias progressivas para obter retornos fictícios, resultando em perdas financeiras expressivas.

Conforme informado pela Polícia Civil, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 93 milhões. Os detidos são acusados de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Cerca de 83% do dinheiro arrecadado pelo esquema, segundo a apuração, passou por uma empresa de fachada em Goiânia como uma tentativa de lavar as quantias obtidas de forma ilegal. Para dificultar o rastreamento dos recursos, os criminosos mesclavam valores lícitos e ilícitos.

A proprietária da empresa já havia sido presa anteriormente pela Polícia Federal por envolvimento em esquemas semelhantes, incluindo operações internacionais de lavagem de dinheiro na Rússia. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos em sua residência mais de 70 contratos de compra e venda de criptomoedas com russos, reforçando as suspeitas sobre a extensão do esquema.

O delegado Pedro Paulo Buzolin, da Divisão Especializada de Investigações Criminais Especiais (Deic) do Acre, afirmou que a apreensão só foi possível pela cooperação entre policiais dos quatro estados.

“A ação coordenada entre as polícias civis de diversos estados permitiu desarticular uma quadrilha altamente estruturada, que utilizava artifícios sofisticados para enganar vítimas e lavar grandes quantias de dinheiro. Aqui no Acre, conseguimos prender três indivíduos diretamente envolvidos no esquema e seguimos trabalhando para identificar outros participantes e recuperar valores desviados”.

A Polícia Civil de Goiás informa que segue com as investigações para aprofundar o caso e identificar outros envolvidos no esquema.

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