Hoje é 16 de setembro de 2024 16:13

Polícia prende grupo especializado em golpes eletrônicos

Associação criminosa era dividida em quatro grupos com funções distintas que iam desde a abordagem das vítimas até a lavagem do dinheiro
Foram identificadas 25 vítimas em 11 estados, além do Distrito Federal; em cinco dias, o grupo teria movimentado mais de R$ 200 mil // Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás realizou, na manhã desta quinta-feira (29/08), uma operação para desmantelar um suposto grupo criminoso especializado em golpes virtuais. Foram cumpridos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, além do bloqueio de 240 contas bancárias ligadas aos investigados. A ação foi realizada em parceria com a Polícia Civil do Mato Grosso, e os mandados judiciais foram cumpridos nos dois estados.

Segundo o delegado Leonardo Pires, responsável pelas investigações, o grupo criminoso foi identificado a partir de uma prisão em flagrante em 2022. “A partir dessa prisão, foi possível mapear uma organização criminosa que atuava em diversas modalidades de golpes, como o do falso número, falso parente, novo número, falso intermediário, falso boleto e falso aluguel. Era uma infinidade de fraudes que eles aplicavam”, afirmou Pires. Ele destacou ainda que o grupo atuava em 11 estados, além do Distrito Federal, e que pelo menos 25 vítimas já foram identificadas até o momento.

A investigação mostrou que o esquema criminoso era composto por quatro núcleos bem estruturados, com cada um desempenhando uma função específica. O grupo da “Engenharia Social” era responsável por abordar as vítimas, principalmente por aplicativos de mensagens e redes sociais, aplicando os diferentes golpes de acordo com a situação. “Eles selecionavam as vítimas e, a partir do primeiro contato, seguiam conforme o golpe que estava sendo aplicado”, explicou o delegado.

O segundo núcleo, conhecido como “conteiros”, fornecia contas bancárias alugadas para receber o dinheiro das fraudes. Já o terceiro, especializado na lavagem de capitais, realizava diversas transações financeiras para ocultar a origem ilícita dos recursos. Por fim, o quarto, denominado “captador”, era o elo que conectava todos os outros núcleos, garantindo que não houvesse comunicação direta entre eles.

Conforme as autoridades apuraram, em dado momento de sua atuação, os investigados teriam movimentado cerca de R$ 200 mil em apenas cinco dias. “Esses indivíduos são altamente especializados”, disse Leonardo Pires. “Eles se passavam por concessionárias de serviços públicos, enviavam falsos boletos, atuavam como falsos vendedores de produtos anunciados na internet ou até mesmo fingiam ser familiares e amigos das vítimas.”

O delegado ressaltou a necessidade de a população estar sempre alerta a esse tipo de abordagem. “Infelizmente, o cidadão precisa estar sempre desconfiado desses contatos iniciais, pois existe a possibilidade de que seja um golpe”, alertou Pires, reforçando que é fundamental procurar a Polícia Civil em casos de suspeita de fraude.

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