A Polícia Civil está realizando buscas para localizar um homem que matou a ex-esposa, Bruna Raimunda dos Santos, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. O crime aconteceu na madrugada da última segunda-feira (31/3), motivado, supostamente, pela recusa do suspeito em aceitar o fim do relacionamento.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Adriano Jaime, o ex desligou o padrão de energia antes de entrar na casa. A mulher ouviu um barulho no portão e, ao verificar o que estava acontecendo, voltou correndo para dentro, sendo seguida pelo agressor, que dizia: “Eu te avisei”. Em seguida, Bruna foi atingida pelo primeiro disparo.
As informações do delegado são baseadas no relato do atual namorado da vítima, que, ao tentar intervir, também foi atingido por tiros na perna e no pé. Ele contou aos investigadores que a arma do suspeito falhou, o que permitiu que os dois tentassem se esconder dentro da residência. No entanto, o agressor localizou a ex-companheira dentro do banheiro, onde efetuou vários disparos contra ela. Bruna morreu no local, enquanto o namorado foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A vítima possuía uma medida protetiva contra o ex-marido, que já não poderia se aproximar dela.
“Ela tinha uma medida protetiva. Ele não poderia ter chegado perto dela. Eles tiveram um relacionamento de 16 anos e 5 meses. Estavam separados há aproximadamente 3 meses”, destacou o delegado.
Bruna deixou uma filha de 10 anos, fruto do relacionamento com o suspeito. O velório e sepultamento da empresária ocorreram na terça-feira (1/4), em Senador Canedo.
A Polícia Civil segue investigando o caso e busca localizar o suspeito, que deve responder por feminicídio, tentativa de homicídio qualificado e quebra de medida protetiva.
“Será solicitada uma prisão preventiva”, informou Adriano Jaime.
Idoso é resgatado em situação análoga à escravidão
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou, na última segunda-feira (31/3), uma operação que resultou no resgate de um idoso de 75 anos que trabalhava em condições análogas à escravidão em uma fazenda na zona rural de Hidrolândia. A investigação teve início após uma comunicação formal do Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Hidrolândia, que denunciou a possível existência do crime.
O delegado Sérgio Henrique Alves, responsável pela investigação, explicou que a polícia realizou diligências para identificar e localizar a propriedade rural onde o idoso era mantido.
“Ele foi resgatado numa fazenda no interior do município, em um local de dificílimo acesso. Assim que a polícia chegou, ele já foi avistado trabalhando”, relatou.
Conforme informado pelo delegado, ao chegarem ao local, as equipes da PCGO e do MPGO encontraram a vítima executando trabalho braçal, utilizando uma pá e um carrinho de mão. Durante a abordagem, o idoso relatou que prestava serviços no local havia aproximadamente oito anos, sem receber salário ou qualquer outro tipo de remuneração, tendo somente moradia e alimentação.
“Ele não recebia salários, vivia em condição insalubre, dormia em um local sem luz elétrica, sem acesso ao banheiro, sem acesso à alimentação digna e, principalmente, sem receber nenhum dos seus benefícios como empregado”, detalhou o delegado.
A inspeção das condições habitacionais da vítima revelou que ele residia em uma construção separada da casa principal, caracterizada por condições insalubres e absoluta precariedade higiêncio-sanitária. As autoridades também constataram que ele dividia o espaço com animais domésticos, como galinhas e cães, e que havia carne em estado de putrefação no ambiente. Diante desse cenário, a Polícia Técnico-Científica foi acionada para realizar uma perícia no local.
O proprietário da fazenda foi preso em flagrante pela Polícia Civil, sendo autuado por reduzir uma pessoa à condição análoga à escravidão. No entanto, conforme informou o delegado Sérgio Henrique Alves, ele foi colocado em liberdade após o pagamento de fiança.
“A Polícia Civil apura o caso, o autor foi preso ontem e colocado em liberdade após o pagamento de fiança”, afirmou.
