A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alerta para o cenário de aumento nos casos confirmados e em investigação de dengue na cidade. O Boletim Epidemiológico Arboviroses nº 7, divulgado nesta quarta-feira (21/2), informa o registro da primeira morte por dengue em 2024, uma mulher com mais de 60 anos.
O boletim destaca também que há 2.542 casos confirmados de dengue, um aumento de 67,2% em relação ao boletim anterior. Há também 80 casos confirmados de chikungunya e dois casos prováveis de zika vírus. “Além desses, outros fatores têm contribuído para o aumento de casos, como o inverno atípico, além das consequências provocadas pelo El Niño. A chuva, somada ao calor, favorece a replicação do mosquito Aedes aegypti”, disse o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara.
Dentre as ações da Prefeitura para combater o mosquito, destacam-se as visitas domiciliares realizadas pelos Agentes Comunitários de Endemias (ACEs), considerando que 75% dos focos estão nos quintais das residências. Pollara menciona o 1º Mutirão de Goiânia de 2024, com 3.529 visitas em domicílios na Região Norte da Capital em dois dias de força-tarefa, como exemplo mais recente do trabalho de combate ao mosquito feito pelo Paço Municipal.
Automedicação pode agravar complicações da doença, diz farmacêutica
A farmacêutica Kátia Tichota explica que alguns fármacos, como os anti-inflamatórios não esteroides, podem agravar complicações da doença, como hemorragias. A automedicação pode também levar à subestimação da gravidade do quadro. “A automedicação apresenta sérios riscos à saúde e, em caso de dengue, não é diferente. Os sintomas podem ser mascarados pelos medicamentos utilizados, dificultando o diagnóstico preciso”, explica a profissional, que também é coordenadora do curso de Farmácia da Estácio Fapan.
De acordo com a farmacêutica, em alguns casos, a automedicação em pacientes com dengue pode levar, inclusive, a óbito. “A automedicação na dengue pode ter consequências fatais. A subestimação da gravidade da doença e o uso inadequado de medicamentos podem agravar os sintomas, levando a complicações sérias, como o choque hemorrágico, que pode resultar em óbito. Portanto, é necessário que qualquer suspeita de dengue seja prontamente avaliada por profissionais de saúde”, alerta.