A Prefeitura de Aparecida de Goiânia interditou, nesta quinta-feira (16/1), a ponte da Avenida Toledo sobre o Córrego Pipa, que liga o Parque Real à BR-153, nas proximidades do cemitério Jardim da Paz, por risco iminente de desmoronamento. A Defesa Civil informa que a estrutura do local já estava comprometida, mas a situação foi agravada pelas fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias.
“Com o risco iminente de desmoronamento na Avenida Toledo, tomamos a decisão, em conjunto com as secretarias, de realizar uma intervenção e impedir o tráfego de veículos no local momentaneamente. Neste primeiro momento, vamos fazer um trabalho de contenção paliativo e, assim que o período chuvoso terminar, iniciaremos algo mais definitivo neste trecho”, informou o prefeito Leandro Vilela, que acompanhou a interdição da ponte.
De acordo com Alfredo Soubihe, secretário de Infraestrutura, as equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) atuarão por cerca de uma semana no aterramento das cabeceiras da ponte, mas é preciso esperar que as fortes chuvas passem para utilizar as máquinas necessárias para a conclusão do trabalho.
“A situação aqui está perigosa. Precisamos aterrar as cabeceiras da ponte, que estão ocas por baixo, para segurar a capa asfáltica e o tráfego de veículos”, explicou Soubihe.
O local vinha sendo monitorado pela Defesa Civil desde o início do ano. Conforme explicado pela secretária de Meio Ambiente, Pollyana Borges, as chuvas intensas aceleraram a degradação da estrutura, que já estava com trânsito somente em meia pista há cerca de um mês.
“Identificamos o ponto crítico e comunicamos imediatamente à Secretaria de Infraestrutura. Estamos monitorando diariamente as áreas mais vulneráveis para evitar situações de risco”, afirmou.
Com a interdição, motoristas devem utilizar rotas alternativas. A Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SMTA) implantou sinalizações indicando desvios pelas Avenidas São Paulo, Anápolis e Rudá. A previsão é que o trânsito seja liberado na ponte em até sete dias após o início dos reparos emergenciais.
Leandro Vilela ressalta dificuldades devido à falta de recurso
Durante a visita à ponte, Leandro Vilela destacou os desafios enfrentados pela gestão municipal frente ao déficit orçamentário que, segundo o prefeito, supera os R$ 300 milhões.
“A Prefeitura tem R$ 300 milhões de reais em dívidas deixadas pela administração anterior. Estamos priorizando medidas essenciais, como o pagamento de salários atrasados, a operação tapa-buracos e a recomposição dos serviços básicos”, disse o prefeito.
O prefeito destacou que as intervenções realizadas no momento são emergenciais, pois é inviável fazer reformas em meio a chuvas fortes como as que estão atingindo Goiás nesse período. Mas planeja implementar soluções definitivas para os problemas de infraestrutura no período de estiagem.
“Agora temos que identificar e tentar fazer paliativos. Com esse volume de chuvas, nem as operações tapa-buracos estão sendo efetivas. Precisamos começar isso após o período de chuvas, senão é jogar dinheiro público fora. Mas já falei para o secretário que precisamos priorizar as vias de alto fluxo para evitar acidentes. E é o usuário que está sendo penalizado. Nós estamos fazendo aquilo que temos condições”, afirmou o prefeito.
O secretário informou que esse projeto já está sendo feito para que problemas como esse não voltem a acontecer nos próximos anos.
“É necessário fazer um projeto detalhado que suporte a intensidade das chuvas e o volume de água na região. Queremos evitar que situações como essa se repitam”, afirmou Alfredo Soubihe.
