O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL) divulgou, na noite desta quinta-feira (12/12), uma nota em que rechaça as acusações que relacionam seu nome a crimes investigados pela Polícia Civil de Goiás, envolvendo um adolescente de 16 anos. Ele classifica as acusações como “mentiras deslavadas” e acusa as autoridades de conduzirem uma operação “midiática e espetaculosa”. Para ele, trata-se de perseguição política.
O deputado, que foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia nas últimas eleições, derrotado no segundo turno, afirma que a exposição de seu nome é tentativa de “enxovalhar” sua trajetória de vida e sua honra. Ele criticou a exploração de sua orientação sexual para atacá-lo.
“Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim”, diz trecho da nota.
“Sou empresário de sucesso, educador de muitas gerações de goianas e goianos, deputado federal eleito com grande votação pela generosidade do povo de Goiás. Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política”, afirma no documento.
A operação foi deflagrada, na manhã de quinta-feira (12/12) pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, com o objetivo de apurar denúncias de ameaça e roubo contra um adolescente. Foram presos três suspeitos, incluindo um segurança pessoal de Alcides Ribeiro, identificado como “Leno”. Segundo as investigações, o grupo teria invadido a casa do menor e roubado seu celular, exigindo, sob ameaça, que ele apagasse imagens íntimas trocadas com o parlamentar.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na residência do deputado, onde “Leno” vivia. Professor Alcides confirmou que o segurança morava em sua casa e trabalhava para ele, mas negou envolvimento com os crimes. O parlamentar alegou não ter conhecimento prévio da operação, pois estava em Brasília.
Na tarde de ontem, por telefone celular, Professor Alcides disse ao PORTAL NG que não tinha envolvimento com os fatos mencionados pela polícia. “Não sou citado e sim meu segurança que foi preso e é meu assessor”, disse Alcides.
A delegada responsável, Sayonara Lemgruber, não deu detalhes sobre outros possíveis crimes investigados, justificando o sigilo necessário para o andamento do caso. Por se tratar de um parlamentar, o processo pode ser transferido para a Polícia Federal, caso surjam evidências de envolvimento direto de Alcides.
Leia a nota na íntegra
Tentam estabelecer uma narrativa desonesta, baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente meu nome. Nada de verdadeiro! Nenhum fato concreto, uma repetição vergonhosa de mentiras e a utilização abjeta do aparato policial do Estado. Há, sim, uma absurda utilização de acusações que não se sustentam, que não merecem credibilidade, que trazem a inequívoca marca da mentira mais deslavada.
Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que, em momento político delicadíssimo no país, embalam o circo midiático montado pela espetaculosa “Operação Peneira”.
Sou empresário de sucesso, educador de muitas gerações de goianas e goianos, deputado federal eleito com grande votação pela generosidade do povo de Goiás. Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim.
Processarei todos os que tentam enxovalhar meu nome limpo, minha trajetória de vida impecável, tentando manchar a correção pessoal, profissional e empresarial que a norteia. Me reconheço como homossexual. Sofri por toda minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime.
Corruptos pegos nas teias de abusos, manipulações e diversos crimes e que se encontram às voltas com a justiça, de forma solerte utilizam minha opção sexual – à qual exijo respeito – para a montagem de um circo de horrores onde buscam salvar-se à custa do sacrifício de minha honra pessoal. Minha honra pertence a mim, aos meus parentes, aos meus amigos, aos meus eleitores, aos meus alunos, não aos detratores contumazes da moral alheia.
Agradeço as milhares de manifestações recebidas de todo o Estado de Goiás e de todo o Brasil. Não me calarei! Levarei às barras da justiça as ratazanas roedoras que tentam acabar com minha reputação.
Alcides Ribeiro Filho
Deputado federal