Hoje é 8 de outubro de 2024 19:23

Quatro pessoas são presas suspeitas de invadir fazenda avaliada em mais de R$ 10 milhões

Segundo o delegado José Antônio Sena, três pessoas ainda estão foragidas, incluindo a empresária suspeita de ser mandante; invasão aconteceu no dia 20 de agosto, na região próxima ao Vale da Lua
Caminhonete branca foi usada pelos envolvidos durante invasão em fazenda localizada em Alto Paraíso de Goiás | Fotos: Divulgação/ Polícias Civil e Militar

Quatro pessoas foram presas, na manhã desta segunda-feira (11/9), suspeitas de invadirem uma fazenda avaliada em mais de R$ 10 milhões para tomá-la a mando de uma empresária. A fazenda está localizada em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. A operação envolve a participação das polícias Civil e Militar.

De acordo com o delegado José Antônio Sena, três pessoas ainda estão foragidas, incluindo a empresária suspeita de ser mandante. No total, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

Conforme informações da Polícia Civil, sete pessoas participaram da invasão à fazenda, incluindo um policial militar da reserva do Distrito Federal, um guarda givil gunicipal e um instrutor de tiro da Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás. Na época, após serem levados para a delegacia, apenas um dos sete suspeitos ficou preso, por porte ilegal de arma.

A invasão aconteceu no dia 20 de agosto, na região próxima ao Vale da Lua. Na época, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que assim que ficou sabendo sobre o fato iniciou as providências para apuração das responsabilidades do policial envolvido.

“Ressaltamos que a PMDF zela pela ética e pelo bom comportamento de seus integrantes. A Corporação não coaduna com desvios de conduta e todos os fatos serão apurados dentro do devido processo legal”, concluiu a PMDF por meio de nota.

A Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás não se manifestou sobre o caso.

Os presos devem responder pelos crimes de esbulho possessório, porte ilegal de arma de fogo, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.

Grupo tentou invadir fazenda se passando por policiais

Conforme consta no boletim de ocorrência, os suspeitos foram até o local em veículos particulares, mas com uso de sirene e giroflex. Ao chegarem na propriedade, abordaram os caseiros, disseram que eram policiais e estavam no local para cumprir um mandado de reintegração de posse.

Nesse momento, os caseiros pediram a documentação e entraram em contato com a patroa deles. Em seguida, a mulher acionou a Polícia Militar de Goiás e os suspeitos saíram da chácara com rumo incerto. Quando os policiais chegaram na fazenda, iniciaram um patrulhamento intensivo e os localizaram próximo à uma rodovia.

Ainda de acordo com o delegado José Antônio, os suspeitos detidos pela invasão contaram em depoimento que foram contratados pela empresária e receberiam um valor de aproximadamente R$ 50 mil por mês para permanecer nessa posse.

Segundo os suspeitos, esse contrato teria sido estipulado em um valor mensal. O delegado ainda contou que as pessoas envolvidas contaram que faziam parte de uma empresa de segurança do Distrito Federal e que estavam somente prestando um serviço.

“Não tinham nenhum parentesco com a contratante. Simplesmente foi feito um acordo verbal e uma minuta escrita de prestação de serviço. Ocorre que essa prestação de serviço foi contrária ao nosso ordenamento jurídico”, explicou o delegado.

A polícia também explicou que investiga o caso para saber se, de fato, houve pagamento e a contratação desses servidores para a invação e de que forma essa contratação aconteceu.

“Os servidores vão responder pelos respectivos crimes funcionais e demais delitos correlatos as atitudes deles. A pessoa que contratou vai ser investigada por ser a mandante desses delitos”, concluiu o delegado.

Com exceção da empresária, não foi especificado pela polícia quais dos outros sete envolvidos foram presos preventivamente nesta segunda-feira (11/9) e quais permanecem foragidos. Por isso, não foi possível localizar a defesa deles.

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