Reconduzido à presidência do Consórcio Brasil Central (BrC) até dezembro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), reforçou, nesta quinta-feira (27/2), o compromisso de ampliar a cooperação entre os estados consorciados, com ênfase na segurança pública. O consórcio é formado por Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.
A recondução do governador goiano ao cargo foi formalizada durante a 1ª Assembleia de Governadores do Brasil Central, realizada na quinta-feira no auditório do Centro Empresarial CNC, em Brasília.
“Ao priorizar a segurança neste período, avançaremos tanto em políticas do consórcio quanto em operações conjuntas. Não vamos nos limitar a Goiás. As polícias terão liberdade para atuar de forma integrada nas áreas operacional e de inteligência em todas as unidades federativas”, destacou o governador.
“A população não aguenta mais a escalada da violência, a insegurança, o avanço do narcotráfico e a agressividade do crime em todo o país”, completou.
Durante a assembleia, os governadores assinaram um edital para a compra compartilhada de 26 helicópteros, que reforçarão o patrulhamento e a resposta das forças de segurança do BrC, com financiamento em parceria com o Banco de Brasília, que ampliará sua linha de crédito de R$ 500 milhões para R$ 2 bilhões, conforme anunciado por Paulo Henrique Costa, presidente da instituição.
Governadores elogiam liderança de Caiado
A liderança do governador Ronaldo Caiado e a importância da integração entre os estados foram destacadas pelos demais chefes do Executivo do bloco.
“É uma satisfação ter Caiado mais uma vez à frente deste consórcio, que tem gerado grandes resultados. Esse modelo de cooperação é essencial para todos nós. Não há como enfrentar o crime organizado sem uma atuação conjunta”, afirmou Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal, anfitrião do evento.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, reforçou a necessidade de unidade: “Precisamos estar alinhados para vencer essa batalha”.
Já Eduardo Riedel (foto), do Mato Grosso do Sul, alertou para os desafios do combate à criminalidade: “Se não nos organizarmos contra o avanço da violência, teremos sérios problemas. Nossa capacidade de agir juntos é determinante para conter o crime organizado”, completou.
Criação de infraestrutura tecnológica integrada
Durante o evento em Brasília, o governador de Goiás anunciou a criação do Consórcio Interestadual de Infraestrutura de TI, uma base tecnológica compartilhada entre as unidades federativas do Consórcio Brasil Central (BrC). A iniciativa propõe criar um superdatacenter e uma rede de conectividade de alta performance para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região.
“É um passo estratégico para garantir que a região esteja preparada para competir na área”, afirmou Caiado, que defendeu, em reunião com governadores vinculados ao BrC, a parceria para fortalecer modelos colaborativos e promover o desenvolvimento regional.
“A consolidação dos investimentos proporcionará uma redução de custos, maior segurança, acesso a tecnologia de ponta”, defendeu o governador, que foi reconduzido à presidência da entidade pública interfederativa composta por Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal.
“Será possível consolidar uma estratégia escalável e sustentável, permitindo que a região alcance um novo patamar de competitividade”, disse.
Segundo Caiado, apesar da unificação das infraestruturas tecnológicas, os estados manterão autonomia sobre seus dados e contarão com maior segurança cibernética.
“Todos nós investimos isoladamente em infraestrutura de TI, enfrentando desafios de escala, limitações tecnológicas e altos custos operacionais dificultando a transformação digital e a adoção da inteligência artificial em larga escala”, ponderou.
A medida de Caiado se inspira na experiência internacional, especialmente na da Índia, que investiu em infraestrutura digital integrada a partir de 2017, impulsionando seu crescimento econômico e servindo de exemplo para o Centro-Oeste competir na área de inteligência artificial.
O acordo visa promover ganhos em diversos setores, como o agronegócio e a gestão pública, por meio do uso avançado de IA, modernização dos serviços digitais e integração industrial, além de incentivar o desenvolvimento de soluções open-source e reduzir a dependência de plataformas externas.
