Hoje é 2 de julho de 2024 12:51
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Reeleito, Putin avisa que Rússia não vai se deixar intimidar

No poder há quase um quarto de século, ele obteve mais de 87% dos votos quando mais de 99% das sessões estavam apuradas
Vladimir Putin, presidente da Rússia reeleito: “Não importa quem quer nos esmagar ou quanto, nunca ninguém conseguiu fazer nada assim na história” // Fotos: Divulgação

Reeleito para mais seis anos no Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu que a Rússia não vai se deixar intimidar pelos adversários. No poder há quase um quarto de século, ele obteve mais de 87% dos votos quando mais de 99% das sessões estavam apuradas, segundo a agência oficial russa Ria Novosti.

Na noite desse domingo, o mandatário dirigiu-se aos russos e agradeceu a todos que foram às urnas e ajudaram a criar as condições para a “consolidação política interna”, dois anos após o início da invasão à Ucrânia e a adoção de sanções sem precedentes pelo Ocidente.

“Gostaria de agradecer a todos os cidadãos do país pelo apoio e confiança”, disse Putin, de 71 anos, à equipe de campanha.

A eleição garante Putin no poder por mais seis anos, até 2030.

“Não importa quem quer nos intimidar ou quanto, não importa quem quer nos esmagar ou quanto, nunca ninguém conseguiu fazer nada assim na história. Não funcionou hoje e não vai funcionar no futuro”, discursou o presidente.

Os três candidatos derrotados por Vladimir Putin na corrida à Presidência da Rússia reconheceram a vitória do atual chefe de Estado, quando 52% dos boletins de urna tinham sido contabilizados.

“O povo da Rússia demonstrou como nunca à comunidade internacional que pode unir-se e consolidar-se”, disse o candidato comunista, Nikolai Kharitonov, que teve 4% dos votos. Ele foi seguido de Leonid Slutsky, do nacionalista Partido Liberal Democrata, que obteve 3,12% e classificou o resultado de histórico. Em seguida apareceu Vladislav Davankov, do Novo Partido Popular, que disse que a vitória de Puti foi “indubitável”.

A oposição foi impedida de concorrer e organizar comícios, já que a Comissão Eleitoral Central não inscreveu os seus candidatos, que apoiavam a retirada das tropas da Ucrânia, por motivos técnicos ou irregularidades formais, escreveu a agência de notícias espanhola EFE.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, lamentou a falta de eleições “livres e justas” na Rússia, e os Estados Unidos criticaram as eleições realizadas em territórios ucranianos ocupados por Moscou.

Cumprimentos de líderes latinos

Os líderes de Cuba e da Bolívia felicitaram Putin pela reeleição.

O líder venezuelano, Nicolás Maduro, enviou “felicitações ao povo irmão da Rússia e ao presidente Vladimir Putin pela extraordinária vitória”.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, expressou “sinceras felicitações pela reeleição de Putin”, resultado que “é um sinal claro do reconhecimento do povo russo pela sua administração”.

Luis Arce, da Bolívia, manifestou “sinceras felicitações ao irmão Putin”, reeleito “com uma vitória retumbante que reafirma a unidade do povo corajoso em torno da sua soberania e desenvolvimento constante”.

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