Segundo as autoridades do Rio Grande do Sul, o estado passa pelo pior desastre climático de sua história. Devido à intensidade das chuvas, 95,7 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, 80,5 mil estão desalojadas e 15,1 mil desabrigadas. O número de óbitos confirmados supera a última catástrofe ambiental, quando 54 moradores perderam a vida depois da passagem de um ciclone extratropical em setembro de 2023.
A tragédia atual deixou 66 mortos, 155 feridos e 101 desaparecidos, de acordo com o boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo (05/05). Outros 6 óbitos ainda estão sendo investigados.
As fortes chuvas afetaram 332 municípios, o que representa 66% das cidades gaúchas. O tráfego também foi afetado. Neste domingo (05/05), foram registrados 113 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, contando estradas e pontes. O governo informa que 420 mil pontos seguem sem energia elétrica e 839 mil residências não possuem abastecimento de água.
Em Porto Alegre, a prefeitura pediu para os moradores racionarem a água devido à interrupção do funcionamento de quatro das seis estações de tratamento por conta da cheia do lago Guaíba. Diversas áreas da capital foram inundadas depois do lago que atravessa a cidade ter chegado ao maior nível já registrado, 5 metros, ultrapassando também a cota de inundação neste sábado.
O governador Eduardo Leite e os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e Waldez Góes, Integração e Desenvolvimento Regional, afirmam que os esforços estaduais se concentram no resgate do maior número de pessoas possível. Segundo o governo, mais de 10 mil pessoas foram resgatadas até o momento. “Esse momento é ainda de resgates, de chegar nos locais”, disse o governador à imprensa.
Como ajudar
Caso deseje ajudar as vítimas dessa tragédia, é possível doar itens necessários para o atendimento das pessoas, refeições prontas e doações em dinheiro para a conta SOS Rio Grande do Sul reestabelecida pelo governo e destinada ao apoio humanitário.
Os itens mais necessários são colchões novos ou em bom estado, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas. A Defesa Civil informou que roupas e calçados, móveis e utensílios domésticos não são necessários, pois os depósitos têm grande volume desses materiais.
Um dos pontos onde se pode deixar as doações para serem encaminhadas é na sede do Sindicato do Comércio Varejista do Estado de Goiás, na Rua 90, nº 320, Setor Sul, Goiânia, de segunda a sexta das 8h às 17h, mais informações pelo telefone (62) 35413054. O Aeroporto de Goiânia está recebendo alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal que podem ser deixados em um posto de coleta devidamente identificado no terminal de passageiros.
Para doações em dinheiro, a conta SOS Rio Grande do Sul é destinada a arrecadar recursos para o apoio humanitário e a reconstrução da infraestrutura das cidades.
Dados para doar: Nome da conta: SOS Rio Grande do Sul Chave Pix: CNPJ: 92.958.800/0001-38