O candidato a prefeito de Goiânia do partido União Brasil, Sandro Mabel, disse que, se for preciso, utilizará o dinheiro do salário de prefeito para ajudar a resolver problemas da saúde da capital. A afirmativa foi feita durante bate-papo na sede da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e empresas sindicalizadas.
Sandro Mabel falou sobre sua percepção a respeito do setor da saúde em Goiânia e como pretende enfrentar os problemas que se repetem gestão após gestão. Ele disse que a situação é preocupante e que a saúde da capital está “mal gerenciada”.
“Eu tenho um estilo de gestão forte e quero que, primeiro, possamos ter um atendimento básico nos bairros, tanto nas UPAs quanto nos CAIS, e não sobrecarregar a rede de hospitais, para que esses atendam com cirurgias e áreas mais graves”, afirmou.
Sandro Mabel também apresentou sua visão para gestão do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). Ele prometeu “tirar qualquer participação política” de dentro do órgão.
“Eu já estudei e estou estudando e precisamos que lá tenha equilíbrio e responsabilidade”, falou.
Ao abordar atrasos nos pagamentos dos prestadores de serviço, o candidato destacou que não medirá esforços para solucionar esse problema corriqueiro.
“Precisamos de uma administração séria e vou emprestar para vocês, enquanto eu não resolver o problema da saúde, vou pegar meu salário e colocar na saúde até resolver o problema”, afirmou.
O projeto “Bate-papo com pré-candidatos”, da Fehoesg, já recebeu cinco dos candidatos a prefeito de Goiânia e receberá ainda Matheus Ribeiro (PSDB), para apresentar a sua visão e propostas na área da saúde em Goiânia.
‘Verbas federais vêm e voltam por falta de gestão’
Durante o encontro, chamado de “Bate-papo com pré-candidatos”, a presidente da Fehoesg, Christiane do Valle destacou a importância do diálogo, para que os problemas da saúde municipal com os prestadores e a população sejam resolvidos.
“Os prestadores não têm cor, não tem partido, pois nós estamos prontos para atender o paciente, queremos ouvir tudo e a todos, e que as propostas sejam cumpridas”, disse.
A representante classista mencionou sua preocupação com os recursos federais da área da saúde que vêm para Goiânia e acabam voltando por falta de projetos.
“As verbas federais vêm e quando não há gestão, não há projeto para execução do serviço, essa verba volta. Já acompanhei e todos os anos acontece de verbas voltarem por ingerências”, pontuou.
Sandro Mabel explicou que o sistema público de saúde da capital perde recursos por falta previsibilidade e gerenciamento, o que acarreta em falta de medicamentos básicos para as unidades que atendem a população.
“Não vamos perder nenhum centavo das verbas federais, já falei com os deputados para colocar emendas, e vamos aproveitar todos os recursos”, disse.
Os empresários presentes trouxeram ainda a questão da dívida do governo estadual com os prestadores de serviço da saúde através das organizações sociais que assumiram serviços públicos, questionaram qual a visão do pré-candidato, e como ele atuará na gestão municipal com os atrasos dos pagamentos dos prestadores de serviço da saúde.
“Na prefeitura nós vamos pagar, vou fazer funcionar, meu histórico é gestão direta, iremos fazer que nem o Iris Rezende, vamos ver o que tem de fluxo, avaliar, e daqui para frente ver o que precisa fazer para acertar as contas”, finalizou.
