Hoje é 20 de setembro de 2024 13:52

Seis colombianos e 1 brasileiro são presos por agiotagem em Goiânia

Polícia Civil também cumpriu 33 mandados judiciais contra o grupo suspeito de emprestar dinheiro a juros exorbitantes e ameaçar comerciantes
Além do crime de agiotagem, investigados serão autuados por associação criminosa, extorsão e perseguição//Foto: Polícia Civil

Nesta quarta-feira (14/08), seis colombianos e um brasileiro foram presos na chamada Operação Usureros da Polícia Civil. Além disso, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e 19 de sequestro de bens. A investigação foi desencadeada após diversas denúncias de comerciantes e autônomos que relataram estarem sofrendo cobranças agressivas depois de realizarem empréstimos.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram convencidas pela promessa de financiamentos rápidos e sem burocracia. Mas, após a liberação do dinheiro, eram forçadas a realizar pagamentos diários, conhecidos como “pinga-pinga”, com juros que variavam entre 20% e 50% em caso de atraso.

Operação Usureros deve continuar para apurar o envolvimento de outras pessoas // Foto: Polícia Civil

Até o momento, as investigações apontam para a atuação de seis colombianos e um brasileiro, que seria o responsável pelas cobranças violentas. Segundo o delegado Thiago César de Oliveira: “Durante as investigações, nós verificamos que, além da atuação desses colombianos que faziam esses empréstimos, existia a possibilidade de um brasileiro estar fazendo a cobrança de forma violenta desses empréstimos, inclusive uma das vítimas nos trouxe um vídeo que, de forma muito ameaçadora, cobrava o pagamento dessa dívida de agiotagem”, afirmou.

No vídeo, o suspeito mostrava uma arma e fazia ameaças de morte a familiares da vítima. Os investigados serão autuados pelos crimes de agiotagem, associação criminosa, extorsão e perseguição.

De acordo com o delegado, as operações devem continuar para apurar o envolvimento de outras pessoas. “Acreditamos que, no decorrer das investigações, possa vir a ser comprovada uma estrutura maior que seria uma organização criminosa e talvez até mesmo uma lavagem de dinheiro”, afirmou Thiago César.

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