Hoje é 27 de julho de 2024 05:44
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Servidores da Educação cruzam os braços para pressionar acordo com prefeitura de Aparecida

Trabalhadores administrativos reivindicam pagamento retroativo de uma diferença da data-base de 2015; professores pedem pagamento do piso nacional
De braços cruzados, servidores pedem atendimento da pauta de reivindicações; prefeitura fez proposta e aguarda resposta da categoria // Fotos: Divulgação

Servidores da Educação de Aparecida de Goiânia protestaram, na manhã desta quinta-feira (7/3), em frente a sede da prefeitura. Os trabalhadores administrativos reivindicam o pagamento retroativo de uma diferença da data-base de 2015; professores pedem pagamento do piso nacional. Eles paralisaram as atividades nas escolas e se reuniram na frente da prefeitura. Depois foram recebidos por representantes da prefeitura.

“Para os administrativos foi apresentada uma proposta de que a Procuradoria da prefeitura vai apresentar os cálculos juntamente com o contador da prefeitura e o Sintego vai trazer o contador nosso para fazer os cálculos juntos e dar mais agilidade”, explica Valdeci Português, presidente do Sintego Regional de Aparecida de Goiânia.

Segundo ele, o objetivo é discutir os cálculos e chegar a um valor que tanto a prefeitura quanto os servidores administrativos aceitem, já que cada parte apresenta valores muito distantes. Esse valor a ser pago pela prefeitura então será levado para avaliação da categoria, que decidirá se aceita.

.“Quanto aos professores, a reivindicação é o pagamento do reajuste do piso salarial de 2024, que é de 3,62%, que teria que ser pago em janeiro e vem protelando e até o momento não pagou. e o que a prefeitura”, diz o sindicalista.

Valdeci Português, presidente do Sintego/Regional Aparecida de Goiânia

Até o momento, para os professores o que a prefeitura apresentou de proposta é pagar em abril os 3,62% e o retroativo de janeiro seria pago em duas parcelas, uma para maio e a outra parcela em junho.

“Vamos agora levar pra categoria, apresentar para apreciação e colocar em votação”, diz.

Valdeci disse que todas as escolas municipais, incluindo a pré-escola (Centros Municipais de Educação Infantil), estão sem aulas nesta quinta-feira. Sobre o retorno ao trabalho, ele afirma que depende do que a prefeitura oferecer para a categoria.

“Nós vamos apresentar a proposta e a categoria decidirá’, diz o sindicalista, acrescentando que a categoria gostaria de discutir diretamente com o prefeito Vilmar Mariano.

Além das partes diretamente interessadas, prefeitura e servidores da educação, vereadores estão acompanhando a negociação, para tentar chegar a um acordo mais brevemente possível.

O vereador Willian Panda (PSB, foto), presidente da Comissão de Educação da Câmara, afirma que tem acompanhado a questão dos administrativos desde o ano passado, pedindo reconhecimento e a melhoria dos planos de carreira.

“Esse projeto a gente aprovou em janeiro e agora o que eles precisam é do retroativo, que já foi tratado algumas vezes e infelizmente os valores continuam divergentes”, destaca.

“Temos ainda a demanda dos professores, que é o não pagamento do piso salarial dos professores de 2024, 2015 e 2022. Então tem dois retroativos que estão judicializados. Então, temos o piso 2024 que precisa ser pago, visto que a legislação diz que o piso é para janeiro”, acrescenta, pontuando que essas negociações especificamente ainda estão na Secretaria da Fazenda e na Procuradoria da prefeitura, para depois ir na Secretaria de Educação.

O líder do prefeito, vereador Isaac Martins (PRD), que também é membro da Comissão de Educação da Câmara, lembra que o pleito dos servidores administrativos é mais que justo e se arrasta desde 2015.

“Não existe um consenso nos valores encontrados pela prefeitura R$ 2,8 milhões e pelo sindicato da Educação”, pontua, acrescentando que um acordo foi feito no Judiciário, mas o sindicato encontrou outro valor, cerca de R$ 18 milhões”, revela, lembrando que quem perde com a falta de acordo é a população e as crianças que ficam sem escola.

Prefeitura apresenta contraproposta e pede retorno ao trabalho

Da parte da prefeitura, o procurador Fábio Camargo (foto) disse que já foram feitas sete reuniões com o sindicato e os trabalhadores da educação referente ao pagamento do retroativo 2015, mas não se chegou a um acordo devido à grande diferença de valores que os servidores e a prefeitura reconhecem como devida.

“A prefeitura não tem como fazer um acordo diferente do que ela pensa. Portanto, ficou acordado encaminhamos com a perícia externa da prefeitura para apurar esses valores individuais. Nessa perícia vamos formar um grupo de trabalho, onde o sindicato vai estar junto e também dois representantes dos trabalhadores e os peritos terão 30 dias para entregar o valor corrigido e individualizado. O valor que for apurado, então vamos sentar e negociar”, afirmou ao PORTAL NG, destacando que a prefeitura sempre demonstrou vontade de negociar.

O procurador disse ainda que espera que os servidores administrativos retornem às salas de aula amanhã ou até mesmo nesta quinta-feira à tarde “para que a população não sofra”.

Quando aos professores, ele afirma que nas reuniões desta quinta-feira ficou acordado que no mês de maio a prefeitura pagará o piso e o retroativo dos três meses vão ser pagos nos dois meses subsequentes.

“Então saímos também aqui com a proposta de acordo que eles vão decidir em assembleia”, finaliza.

Sobre a possível decretação de greve da categoria, a prefeitura informou ao NG que não foi informada oficialmente pelo Sintego sobre essa possibilidade. Quando à paralisação desta quinta-feira, a assessoria do prefeito informou que nem todas as unidades educacionais foram afetadas.

Ainda nesta quinta-feira está prevista realização de uma assembleia dos servidores para definir se aceitam as propostas da prefeitura.

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