Hoje é 4 de janeiro de 2025 21:27

TRE-GO mantém mandatos de deputados do PL em julgamento apertado

Ações alegavam que o partido utilizou candidatas fictícias para cumprir a exigência de 30% de mulheres na composição da chapa de deputado estadual
Decisão assegura os mandatos de Major Araújo, Delegado Eduardo Prado e Paulo Cezar Martins na Assembleia Legislativa de Goiás // Foto: Reprodução/NG

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu, em sessão realizada nesta quinta-feira (12/12), pela improcedência das ações que buscavam cassar a chapa de deputados estaduais do Partido Liberal (PL) por suposta fraude na cota de gênero nas eleições de 2022. A decisão assegura os mandatos de Paulo Cezar Martins, Major Araújo e Delegado Eduardo Prado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O placar da votação foi 4 votos a 3 a favor da defesa dos parlamentares.

As ações, lideradas pelo União Brasil e pelo MDB, alegavam que o PL utilizou candidatas fictícias para cumprir a exigência de 30% de mulheres na composição da chapa. A acusação sustentava que duas candidatas apresentaram documentação incompleta e não realizaram campanha efetiva, configurando fraude.

Apesar disso, o presidente do TRE-GO, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, reconheceu irregularidades, mas concluiu que não houve evidências suficientes para comprovar a intenção de fraude, sendo decisivo no desempate do julgamento, que estava três votos pela cassação contra três votos pela não cassação.

Advogados do PL destacaram a ausência de provas contundentes, enquanto os partidos autores estudam recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão mantém inalterada a configuração da bancada estadual do PL, frustrando as expectativas de redistribuição das cadeiras para partidos como MDB, União Brasil e PT, que reivindicavam os assentos em caso de cassação.

O julgamento reflete os debates crescentes sobre a aplicação da cota de gênero e a necessidade de maior fiscalização para coibir práticas abusivas. A manutenção da chapa reforça o espaço do PL no legislativo estadual, enquanto opositores apontam fragilidades na condução do caso pelo tribunal.

O Ministério Público Eleitoral, bem como os partidos que fizeram a denúncia da suposta fraude na cota de gênero, ainda não se posicionaram sobre apresentação de recurso contra a decisão do TRE-GO. O processo ainda pode ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, última instância da Justiça Eleitoral.

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