Hoje é 18 de setembro de 2024 22:57

TRE/GO retira PP da coligação de Vanderlan e proíbe aliança com Mabel

Decisão desagradou os diretórios Estadual e Municipal do PP e a coligação liderada por Sandro Mabel e todos devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral
Caso a sentença seja mantida, Vanderlan Cardoso terá de substituir o candidato a vice-prefeito, já que Paulo Daher (à dir.), do PP, fica impedido pela decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás // Foto: Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO) determinou em sessão plenária desta quarta-feira (11), pela saída do Partido Progressista (PP) da coligação do candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD).O julgamento busca definir os rumos do PP em Goiânia na eleição majoritária. Sem candidato próprio, o partido teve duas atas registradas: uma do Diretório Municipal, com coligação ao PSD e indicação do vice de Vanderlan, e outra, protocolada pelo Diretório Estadual, que definiu pela aliança com o candidato da base governista, Sandro Mabel (União Brasil), sem indicação de representante.

Agora com a decisão do TRE/GO, foi determinado que o PP não estará de nenhum dos lados. A decisão também determina a revisão do tempo de TV dos candidatos a prefeito, já que o partido Progressistas não integra mais a coligação de Vanderlan. Mabel, que tem mais partidos coligados, conseguiu mais alguns segundos de tela. Vanderlan perde alguns segundos.

Mesmo com a decisão desta quarta-feira, o registro de candidatura de Paulo Daher ainda não foi julgado, já que cabe recurso à decisão. A programação do político nas redes sociais segue o ritmo de campanha ao lado do senador Vanderlan.

O advogado Wandir Allan, que representa o PP estadual, afirma que a direção do partido em Goiás recorreu à Justiça para corrigir ilegalidades praticadas pelo PP Goiânia então sob comando de Paulo Daher, nas atas da convenção partidária que decidiu pelo apoio a Vanderlan. Ele não descarta recorrer da decisão do TRE/GO.

Em nota, a coordenação da campanha de Sandro disse que a decisão do TRE/GO “faz justiça com as lideranças e os candidatos a vereador do PP em Goiânia, que, segundo o texto, “nunca quiseram e não querem caminhar com o candidato Vanderlan Cardoso”.

“O presidente estadual do PP, Alexandre Baldy, e o presidente metropolitano, deputado federal Adriano do Baldy, já declararam várias vezes apoio à nossa candidatura e estão engajados na nossa campanha. As candidatas e os candidatos do PP para a Câmara de Goiânia também caminham ao nosso lado”, diz trecho da nota.

“A decisão da Justiça Eleitoral também nos dá outra importante vitória: o nosso tempo de TV e rádio no horário eleitoral e nas pílulas ficará ainda maior, porque teremos 30% do tempo do PP, que estava com Vanderlan. Isto, num momento de definição da eleição, em que a nossa candidatura é a que mais cresce em Goiânia, onde já lideramos a maioria das pesquisas de intenção de votos”, afirma outro trecho do informativo.

Mabel quer incorporal tempo total do PP na tv

A campanha de Mabel afirma que recorrerá da decisão do TRE/GO para tentar incorporar o tempo integral do PP no horário eleitoral ao tempo da coligação liderada pelo União Brasil.

“Vamos recorrer da decisão por entendermos que não respeita a decisão da maioria na convenção municipal do PP que, por manobra do vereador Paulo Daher, que presidia o diretório do partido naquele momento, beneficiou somente Vanderlan Cardoso”, destaca outro ponto da nota.

Também em nota, a coligação “Goiânia que queremos”, do candidato a prefeito Vanderlan Cardoso, afirma que “todo o processo de aliança entre PSD e PP ocorreu rigorosamente dentro da lei”.

De acordo com o documento, assinado pelo secretário-geral do PSD Estadual, Samuel Almeida, a decisão do PP de Goiânia de apoiar Vanderlan ocorreu “em convenção legitimamente convocada para tal finalidade e com a concordância das autoridades partidárias”.

“Respeitamos e acataremos a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. No entanto, manifestamos a nossa discordância e tomaremos as medidas cabíveis para reverter a sentença junto ao Tribunal Superior Eleitoral”, pontua o secretário em outro trecho da nota.

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