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Vanderlan Cardoso: “Goiânia vai precisar dos governos estadual e federal para ser governada”

Durante entrevista ele falou sobre seus projetos para capital, avaliou a gestão atual, alianças políticas e destacou as principais conquistas do seu mandato no Senado Federal
Candidato pelo PSD, um partido de centro, ele afirma ter diálogo com todos os partidos e candidatos de diferentes espectros

A edição de número 60 do Bate-Papo NG recebeu o senador da República e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD) nesta quarta-feira (24/7), momento em que destacou quais serão os principais desafios do próximo inquilino do Paço Municipal eleito na capital.“O próximo prefeito de Goiânia não vai conseguir governar sem ajuda federal e estadual. Goiânia tem quase R$ 2 bilhões em dívidas com bancos com juros altos. Precisamos renegociar os empréstimos. Todo recurso externo que vem para as prefeituras passam pela minha comissão. A população de Goiânia não aguenta mais os aumentos do IPTU. O ICMS da capital está diminuindo. Precisamos reverter isso e angariar recursos para investimentos”, destacou.

Postulante ao cargo de prefeito pela terceira vez na capital, Vanderlan manifestou suas impressões a respeito dos resultados das pesquisas que são divulgadas pela imprensa no período pré-eleitoral deste ano. “Pesquisa quantitativa reflete o momento. Eu procuro muito trabalhar com pesquisas qualitativas, porque ela revela os sentimentos do eleitorado. Em 2016 e 2020 as qualitativas mostraram que tínhamos chances reais de vencer. Em campanha eleitoral, errar, todos vamos errar, mas vai sair vencedor aqueles que errarem menos”, comentou.

Pré-candidato pelo PSD, que é um partido independente e de centro, Vanderlan lidera as pesquisas de intenção de voto contra Adriana Accorsi (PT) e o empresário Sandro Mabel (União Brasil), que é o representante escolhido pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Sobre alianças políticas e a escolha de seu candidato a vice ele comentou como está se desenvolvendo esse processo. “O vice tem que ter experiência em gestão. Tem que ser dedicado, gostar de gente e ter sensibilidade. Nós temos bons nomes no PSD. Um vice não é figurativo. Não necessariamente tem que ser um católico ou evangélico. Eu dialogo com todos e recebo votos de todos os espectros políticos. Nas convenções iremos definir a escolha da vice após conversar com todos, assim como anunciaremos nossas alianças partidárias para essa disputa”, explicou.

Senador da República eleito em 2018, na chapa do então candidato ao Governo de Goiás, Daniel Vilela (MDB), Vanderlan Cardoso elencou as principais ações de seu mandato representando o estado no Congresso Nacional. “Trazer a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba para Goiás foi um dos principais feitos deste mandato até o momento. A Codevasf está fazendo uma revolução na agricultura familiar e nos assentamentos, são quase R$ 1 bi investidos por meio de emendas parlamentares. Somos o segundo maior produtor de mel do Brasil. Outras duas ações que posso destacar são minha participação na relatoria e renegociação das dívidas dos estados. Em 13 dias fiz o que 18 governadores não conseguiram fazer em 2 anos. E o terceiro ponto são as emendas que consegui para o Araújo Jorge e outros hospitais em Goiás que tratam pessoas com câncer”, destacou.

A respeito das emendas destinadas à Prefeitura de Goiânia, Vanderlan revelou que houveram recursos enviados por ele que não foram aplicados em benefícios para população por parte do atual prefeito. “Recebi a vereadora Sabrina Garcez e membros da associação de moradores do Jardim Curitiba II em 2019, quando o saudoso Iris Rezende era prefeito, e tínhamos um terreno cedido para construção de uma UBS. O Iris deu o sinal verde em 2019. O dinheiro saiu em 2020. Consegui renovar por mais três vezes o prazo, mas infelizmente perdemos os recursos 60 dias atrás”, lamentou.

“Me sinto um candidato completo”, diz Vanderlan

Sobre as pesquisas eleitorais feitas para apurar o sentimento e as intenções de voto dos eleitores goianienses Vanderlan expressou sua leitura dos resultados que o colocam na primeira colocação nesta reta final da pré-campanha. “Quando olhamos nas pesquisas observamos que o goianiense quer um gestor, mas não é só ter um gestor. O prefeito precisa ser alguém com sensibilidade. Na última campanha eu avisei sobre o que poderia acontecer e fui massacrado. Doeu muito. Mas esse descaso que está acontecendo é algo de alguém que não tem sensibilidade de cuidar das pessoas e da cidade”, ressaltou.

A respeito de sua experiência acumulada em 20 anos de carreira pública e de várias disputas em cargos para o executivo, ele afirma que está em seu melhor momento político. “Eu gosto mesmo é disputar eleições. Gosto de reuniões e ouvir as pessoas. Eu vim lá de baixo. O gestor público tem que ter sensibilidade. Em 2004 eu nunca tinha disputado uma eleição e venci. Fui prefeito de Senador Canedo e tive a experiência de planejar a cidade para 30 anos. Hoje eu posso dizer que me sinto um candidato completo”, cravou. 

O senador também explicou o que o motiva disputar o cargo de chefe do executivo na capital pela terceira vez consecutiva. “Estou no páreo em mais uma eleição em Goiânia por entender que muitas das ideias que apresentei em 2016 e 2020 quando disputei pela primeira e segunda vez foram copiadas, mas não saíram do papel, como a criação dos polos de desenvolvimento e as regionais, coisas que deram certo nas minhas gestões em Senador Canedo. Por que não dá certo em Goiânia que está perdendo empresas a cada ano e tem regiões que são tão distantes umas das outras?”, indagou.

Veja a íntegra desta entrevista abaixo

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