Hoje é 8 de novembro de 2024 16:09

Veja como líderes mundiais reagiram à vitória de Trump

Enquanto dirigentes europeus reafirmaram interesse em fortalecer parceria com o novo presidente, Rússia informou que Putin não planeja parabenizar Trump
Vitória de Donald Trump teve reações opostas no Oriente Médio: enquanto Israel saudou com entusiasmo o novo líder americano, governo iraniano mostrou-se indiferente à vitória do republicano, acreditando que isso não alterará a relação entre os dois países // Fotos: Comitê Republicano/Reprodução

Logo após reivindicar vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, apesar de a contagem de votos não estar oficialmente finalizada, o presidente eleito, Donald Trump, começou a receber mensagens de líderes globais. Um dos primeiros a reagir foi o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban.

“A caminho de uma vitória maravilhosa”, escreveu Órban em uma postagem no Facebook, enquanto os votos ainda eram contabilizados.

Mais tarde, quando a vitória de Trump parecia praticamente assegurada, o primeiro-ministro húngaro voltou a comentar sobre as eleições norte-americanas, declarando que este “é o maior regresso da história política dos EUA”.

“Parabéns ao presidente Trump pela enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo”, afirmou Órban em uma mensagem na rede social X.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou, saudando “o maior regresso da história”. Na rede social X, Netanyahu declarou que o retorno de Trump à Casa Branca “oferece um novo começo à América e um forte compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.

Por outro lado, o Hamas declarou que Trump será posto à prova e que o “apoio cego” dos EUA a Israel “precisa acabar”.

“Esse apoio cego à entidade sionista deve acabar, porque ocorre à custa do futuro do nosso povo, bem como da segurança e estabilidade da região”, disse Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, à Agência France Press.

“Pedimos que Trump aprenda com os erros de Joe Biden”, disse outra fonte do Hamas à agência Reuters.

O governo iraniano mostrou-se indiferente à vitória de Donald Trump nas eleições americanas, acreditando que isso não alterará a relação entre os dois países. A porta-voz Fatemeh Mohajerani destacou que a eleição do presidente dos Estados Unidos não afeta diretamente o Irã, pois ambos mantêm políticas internas fixas.

Mohajerani também afirmou que, após décadas de sanções, o Irã já se adaptou e não vê diferença significativa entre Trump e o atual presidente Joe Biden em termos de impacto. Segundo ela, as sanções apenas fortaleceram a capacidade interna do Irã para enfrentar novas medidas.

Reações opostas na Ucrânia e Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), felicitou Trump pela “notável vitória eleitoral” e destacou que admira o compromisso do novo presidente com a estratégia de “paz pela força”, acreditando que essa abordagem pode trazer uma paz justa à Ucrânia. Zelensky também expressou expectativa por um período de liderança forte nos Estados Unidos e reafirmou a importância do apoio bipartidário dos EUA à Ucrânia.

Do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que Vladimir Putin não planeja parabenizar Trump, uma vez que considera os EUA um país hostil envolvido no conflito contra a Rússia. Ele observou que as relações estão no nível mais baixo e afirmou que o Kremlin avaliará Trump com base em suas ações, especialmente após a posse em janeiro.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, parabenizou o “amigo” Trump, expressando esperança de que os laços entre Turquia e EUA se fortaleçam e que os conflitos regionais, como a questão palestina e a guerra Rússia-Ucrânia, possam encontrar soluções.

Por outro lado, a China indicou que continuará a cooperar com os EUA, fundamentando a relação no “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambos”.

“A nossa política em relação aos EUA é consistente”, frisou.

Líderes europeus citam ‘promover a paz por meio da força’

Na Europa, uma das primeiras reações veio da França. O presidente Emmanuel Macron parabenizou Donald Trump e declarou-se disposto a colaborar com o republicano, mas mantendo certa reserva.

“Estamos prontos para cooperar, como fizemos nos últimos quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas, com respeito e ambição, em busca de mais paz e prosperidade”, escreveu Macron no X.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também felicitou Trump pela “vitória histórica” e expressou entusiasmo para trabalhar ao seu lado, destacando o compromisso comum com “liberdade, democracia e empreendedorismo”.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, saudou Trump, enfatizando a ligação entre EUA e Itália como “nações irmãs”, unidas por uma “aliança inabalável, valores compartilhados e uma amizade histórica”. Ela assegurou que o vínculo estratégico entre os países será ainda mais fortalecido.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, felicitou Trump, lembrando que Alemanha e EUA têm colaborado há muito tempo em prol da prosperidade e da liberdade, compromisso que ele espera continuar. Já o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, destacou o objetivo de trabalhar em uma forte parceria transatlântica e em questões bilaterais estratégicas.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, transmitiu suas congratulações e ressaltou que a liderança de Trump será essencial para manter a aliança forte e promover a paz por meio da Otan. O ex-secretário-geral Jens Stoltenberg também parabenizou o presidente eleito, mencionando que a relação de trabalho entre eles focou em reforçar a segurança transatlântica e adaptar a Otan para o futuro.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou Trump, destacando a importância de uma agenda transatlântica robusta para milhões de empregos e bilhões em comércio e investimento entre os dois lados do Atlântico.

Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou que a Europa está pronta para enfrentar os desafios geopolíticos junto aos EUA, valorizando o vínculo transatlântico enraizado nos valores de liberdade, direitos humanos, democracia e mercados abertos.

Lula parabeniza republicano pela vitória

Ao parabenizar Donald Trump pela vitória, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Donald Trump defendeu o respeito ao resultado eleitoral e desejou sorte e sucesso ao futuro governante dos EUA.

“Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, disse Lula por meio das redes sociais.

Às vésperas do pleito, Lula havia manifestado preferência pela candidata Kamala Harris, do partido Democrata. Segundo o presidente brasileiro, uma vitória da candidata democrata resultaria em fortalecimento da democracia.

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