Hoje é 26 de julho de 2024 21:50
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Caso Amélia: velório foi realizado na tarde de ontem com a presença do governador e do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia

Caiado reafirmou que as forças policiais estão empenhadas em concluir a investigação que confirmará ou não a autoria do crime; suspeito está preso desde a noite de ontem
Uma passeata com cartazes pedindo justiça e paz será feita por professores e alunos da escola onde Amélia Vitória estudava na manhã desta terça dia 5

A cidade de Aparecida de Goiânia amanheceu em luto neste domingo, dia 3, com o velório da estudante Amélia Vitória de Jesus, de 14 anos. O corpo da jovem, encontrada morta dois dias após sair para buscar a irmã na escola na última quinta-feira (30/11), foi velado na Nacional Funerária, na Vila São Joaquim. 

Em um cenário de muita comoção entre os presentes, a gestora da escola onde Amélia estudava, Raimunda Queiroz, emocionada, descreveu a adolescente como uma aluna exemplar, responsável e com notas boas. “Faremos uma caminhada amanhã de manhã da porta da nossa escola até a sede da Prefeitura de Aparecida vestidos com camisetas brancas e com cartazes pedindo justiça pela Amélia e paz para nossa comunidade”, declarou a diretora.

Além da família e amigos da adolescente, estiveram no local autoridades como o governador Ronaldo Caiado (UB), o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (MDB), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Coronel Renato Brum, e o delegado-regional de Aparecida de Goiânia André Augusto. 

À imprensa, durante o velório, o pai da jovem William de Jesus, falou sobre a relação da família com a filha e cobrou um posicionamento dos governantes na proteção das crianças em geral.  “Eu chegava em casa e ela me abraçava, acolhia a mim, a mãe e a irmã com a janta pronta. Ela era meu descanso. Eu quero pedir às autoridades para cuidarem das crianças que precisam ir sozinhas ou buscar seus irmãos na escola. Se a Guarda Municipal puder fazer a ronda ao menos nos horários de entrada e saída nas escolas e Cmeis isso já ajudará muito. Como as nossas leis são frouxas existem pessoas que pintam e bordam e fazem o que fizeram com minha filha, especialmente com pessoas humildes, com pessoas inocentes que não sabem se defender”, desabafou.

Emocionadas, as melhores amigas de Amélia, que também estavam no velório, falaram sobre o relacionamento que tinham e a falta que a estudante fará.  “Éramos quietas na sala e fazíamos as atividades e os trabalhos sempre juntas”, disse  Heloísa Lúcia Pereira. A outra colega, Dafne Gomes, declarou. “Éramos amigas há seis anos e ela fará muita falta para nós. Estou sentindo muita falta dela agora.”

De acordo com informações oficiais da Polícia Civil, o suspeito do crime foi preso na noite de ontem e seu nome não foi divulgado oficialmente pela corporação. À imprensa, a defesa do suspeito ainda não se manifestou sobre o caso.

Governador reafirma empenho para comprovação do crime; casa do suspeito é incendiada por populares

Enquanto amigos, familiares e colegas prestavam suas últimas homenagens, o governador Ronaldo Caiado (UB) também compareceu ao velório. Abalado com a tragédia, Caiado aguarda os resultados dos exames periciais no carro e no celular do suspeito, bem como nas análises no corpo da adolescente.

“Determinei o máximo empenho às nossas forças de segurança, que estão absolutamente determinadas em solucionar esse caso. Sabemos que, infelizmente, são pessoas reincidentes”, declarou o governador.

Ainda neste domingo (3), a casa alugada pelo investigado no bairro onde aconteceu o crime foi alvo de uma ação popular que resultou em um incêndio, controlado pelo Corpo de Bombeiros. No entanto, danos foram causados na sala e na cozinha, com o fogo concentrado em móveis e objetos não identificados.

A Polícia Científica de Aparecida de Goiânia realizou perícia na residência onde Amélia teria estado antes de desaparecer e ser encontrada morta. Na noite de sexta-feira (1), cães farejadores da Polícia Militar identificaram o cheiro da jovem em uma área próxima à rua onde foi vista pela última vez.

De acordo com a Polícia Militar, em 2022, o suspeito do crime contra Amélia Vitória, foi preso e responde em liberdade pelo crime de estupro contra a própria enteada. À época a adolescente tinha 15 anos e acabou engravidando do homem.

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