Vereadores de Goiânia aproveitaram a sessão plenária desta terça-feira (10/12) da Câmara Municipal para reclamar do caos no sistema de saúde da cidade, que se arrasta há mais de mês. Um dos mais críticos da gestão do prefeito Rogério Cruz (SD), o vereador Paulo Magalhães (UB) voltou a responsabilizar o gestor municipal pelo colapso na saúde.
“A que ponto chegamos, intervenção na saúde. Está com intervenção porque roubaram demais, desviaram demais. A rachadinha chegou na Secretaria de Saúde”, disse Magalhães, na tribuna, citando falta de combustível para ambulâncias e caminhões que recolhem lixo.
Ele também disse que a Câmara tem parcela significativa de responsabilidade pelo que ocorre, já que, segundo ele, deu suporte ao governo do prefeito Cruz durante os quatro anos de mandato.
“Não tem combustível nem para a Guarda Municipal, não tem nada funcionando na cidade”, acrescentou o vereador.
Em resposta, a vereadora Kátia Maria (PT), presidente da Comissão de Saúde, disse que andou em todos os órgãos e denunciou a crise na saúde, inclusive com realização de audiências públicas para chamar atenção para os problemas na gestão do sistema.
“Não foi toda a Câmara que ficou omissa. Para nós a crise não foi nenhuma novidade”, retrucou.
Segundo a vereadora, o sistema único de saúde da capital depende de ações conjuntas entre o Governo estadual e a prefeitura para funcionar com eficiência, já que um depende do outro”, pontuou.
“Não precisaria de uma intervenção, se o estado estivesse ajudado e acionado no tempo hábil, se tivesse feito sua parte”, acrescentou.
‘Má gestão dos recursos levou a esse estado de caos’
O vereador Henrique Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, afirmou que a crise na saúde foi alertada pela Câmara e outros atores políticos. E, segundo ele, não se deve a falta de recursos.
“O problema é a má gestão dos recursos, o que fez com que chegássemos a esse estado de caos e saúde. Claro que quem fez chegar a esse caos tem que ser investigado, tem que ser punido. Agora, o importante é dar solução daqui para frente, é dar uma condição mínima de tratamento à população da nossa cidade”, afirmou ao PORTAL NG.
Já a vereadora Sabrina Garcez (foto), do partido Republicanos, acredita que com a intervenção deve voltar a confiança do prestador de serviço e do fornecedor da prefeitura. Com isso, afirma, eles já devem voltar a fornecer os insumos imediatamente e a prefeitura pode fazer uma compactuação em relação aos atrasados.
“Acredito que nas próximas duas, três semanas, após o interventor dialogar com esses fornecedores até o processo de entrega desses materiais, conversar com servidores que estão sendo muito prejudicados também, fazer uma nova pactuação também com os servidores, a saúde volte a ter uma rotina de normalidade”, projetou.