Hoje é 1 de janeiro de 2025 19:41

Vereadores apontam omissão da Câmara e estado na crise da saúde

Parlamentares ouvidos pelo NG criticam má gestão dos recursos e demonstram confiança na superação da crise pelo interventor
Vereadora Kátia Maria, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia: “Não foi toda a Câmara que ficou omissa; para nós a crise não foi nenhuma novidade” // Fotos: Gustavo Mendes/NG

Vereadores de Goiânia aproveitaram a sessão plenária desta terça-feira (10/12) da Câmara Municipal para reclamar do caos no sistema de saúde da cidade, que se arrasta há mais de mês. Um dos mais críticos da gestão do prefeito Rogério Cruz (SD), o vereador Paulo Magalhães (UB) voltou a responsabilizar o gestor municipal pelo colapso na saúde.

“A que ponto chegamos, intervenção na saúde. Está com intervenção porque roubaram demais, desviaram demais. A rachadinha chegou na Secretaria de Saúde”, disse Magalhães, na tribuna, citando falta de combustível para ambulâncias e caminhões que recolhem lixo.

Ele também disse que a Câmara tem parcela significativa de responsabilidade pelo que ocorre, já que, segundo ele, deu suporte ao governo do prefeito Cruz durante os quatro anos de mandato.

Vereador Paulo Magalhães: “A rachadinha chegou na Secretaria de Saúde”

“Não tem combustível nem para a Guarda Municipal, não tem nada funcionando na cidade”, acrescentou o vereador.

Em resposta, a vereadora Kátia Maria (PT), presidente da Comissão de Saúde, disse que andou em todos os órgãos e denunciou a crise na saúde, inclusive com realização de audiências públicas para chamar atenção para os problemas na gestão do sistema.

“Não foi toda a Câmara que ficou omissa. Para nós a crise não foi nenhuma novidade”, retrucou.

Segundo a vereadora, o sistema único de saúde da capital depende de ações conjuntas entre o Governo estadual e a prefeitura para funcionar com eficiência, já que um depende do outro”, pontuou.

“Não precisaria de uma intervenção, se o estado estivesse ajudado e acionado no tempo hábil, se tivesse feito sua parte”, acrescentou.

gestão dos recursos levou a esse estado de caos’

O vereador Henrique Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, afirmou que a crise na saúde foi alertada pela Câmara e outros atores políticos. E, segundo ele, não se deve a falta de recursos.

“O problema é a má gestão dos recursos, o que fez com que chegássemos a esse estado de caos e saúde. Claro que quem fez chegar a esse caos tem que ser investigado, tem que ser punido. Agora, o importante é dar solução daqui para frente, é dar uma condição mínima de tratamento à população da nossa cidade”, afirmou ao PORTAL NG.

Já a vereadora Sabrina Garcez (foto), do partido Republicanos, acredita que com a intervenção deve voltar a confiança do prestador de serviço e do fornecedor da prefeitura. Com isso, afirma, eles já devem voltar a fornecer os insumos imediatamente e a prefeitura pode fazer uma compactuação em relação aos atrasados.

“Acredito que nas próximas duas, três semanas, após o interventor dialogar com esses fornecedores até o processo de entrega desses materiais, conversar com servidores que estão sendo muito prejudicados também, fazer uma nova pactuação também com os servidores, a saúde volte a ter uma rotina de normalidade”, projetou.

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