Hoje é 5 de janeiro de 2025 18:13

Vilela assume prefeitura com dívida de R$ 300 milhões e caixa de R$ 9 milhões

Prefeito afirma que irá revisar contratos e contingenciar gastos para garantir pagamento da folha, repasses para o HMAP e o subsídio do transporte coletivo
Ministério da Saúde destinou R$ 29 milhões para a Prefeitura de Aparecida quitar dívida com a Sociedade Brasileira Albert Einstein, responsável pela gestão do HMAP // Foto: Reprodução

O prefeito de Aparecida de Goiânia Leandro Vilela (MDB) apresentou um panorama preocupante sobre as finanças do município. De acordo com ele, a administração anterior deixou uma dívida de R$ 300 milhões, enquanto o caixa conta com apenas R$ 9 milhões disponíveis.

Entre os principais desafios está o pagamento da folha de dezembro, que soma R$ 60 milhões. Além disso, há atrasos em repasses para o Hospital Municipal de Aparecida (HMAP) e no subsídio ao transporte público.

“Infelizmente, com apenas R$ 9 milhões em caixa e diante de uma dívida tão expressiva, não é possível pagar imediatamente os salários atrasados. Nosso foco inicial será pagar os compromissos que vencerão neste mês de janeiro e, na sequência, as dívidas herdadas”, explicou Vilela.

A regularização do HMAP é um dos pontos mais críticos. A dívida de R$ 25 milhões ameaça os serviços e dificulta a realização de melhorias planejadas, como a criação de 30 novos leitos e uma ala oncológica.

“O HMAP é o principal hospital público de Aparecida e está entre os melhores do Brasil. Presta um serviço de excelência à população da cidade e não pode paralisar. Por isso, entrei em contato com o secretário da Fazenda para que a gestão atual priorize a regularização dos pagamentos e evite a suspensão dos serviços”, afirmou o prefeito.

Para quitar os débitos acumulados com a Sociedade Brasileira Albert Einstein, responsável pela gestão do Hospital Municipal de Aparecida (HMAP), o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, anunciaram nesta sexta-feira (3/1) a verba de R$ 29 milhões destinada pelo Ministério da Saúde.

Outro desafio é o subsídio do transporte coletivo, que está atrasado desde julho de 2024. Apesar das dificuldades, o prefeito garantiu que a tarifa será mantida congelada em R$ 4,30.

“Sabemos que o subsídio é pesado para as prefeituras, mas essa é uma prioridade para nós. Vamos manter o congelamento porque entendemos a importância de aliviar o bolso do trabalhador”, declarou.

Leandro Vilela afirmou que sua administração será marcada por austeridade e eficiência, com foco na revisão de contratos e na redução de 30% nos cargos comissionados.

“Estamos assumindo a Prefeitura com uma dívida extremamente elevada e recursos insuficientes. Esse é um dos maiores desafios que enfrentaremos, mas estamos comprometidos em fazer uma gestão responsável e transparente. Vamos revisar todos os contratos para economizar e evitar desperdícios”, garantiu.

Outra medida anunciada por ele é a rescisão do contrato dos totens de segurança, que têm custo mensal de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Segundo Vilela, os recursos economizados serão redirecionados para áreas prioritárias.

“Os totens representam um gasto de quase R$ 1,5 milhão por mês e, com o caixa sem recursos, cada centavo economizado é importante. Estamos revisando todas as despesas com rigor para garantir eficiência nos gastos”, explicou o prefeito.

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