Hoje é 29 de maio de 2025 23:17

Vilmar Rocha diz que disputará eleição de 2026: ‘Me preparei para o Senado’

Ex-deputado federal e fundador do PSD, político considera acertada a decisão de Caiado de lançar-se pré-candidato a presidente da República
Vilmar Rocha: “Me preparei para ser senador ao longo dos anos, mas, se não der, eu admito a hipótese de ser candidato a deputado federal” // Fotos: NG/Arquivo

Ex-deputado federal e fundador do PSD em Goiás, Vilmar Rocha afirma que pretende disputar a eleição de 2026. Ele foi deputado estadual por dois mandatos e federal por cinco mandatos, sempre no campo da direita. Mas está há 10 anos sem mandato.

“Em 2026, se for possível nas composições, eu quero ser candidato ao Senado. Estou preparado para ser senador. Se não der, eu admito a hipótese de ser candidato a deputado federal. Mas esse é meu desejo, esse é meu trabalho, essa é a minha luta”, diz, em entrevista exclusiva ao repórter Vinícius Portugal.

O político, de 74 anos, destaca que a prioridade do PSD em Goiás é manter a aliança com o grupo do atual governador, Ronaldo Caiado (UB), e apoiar o vice-governador Daniel Vilela (MDB) para o governo do Estado.

“Em 2022, fizemos uma aliança importante, que ajudou na reeleição de Caiado. Não há, até agora, nenhum motivo para romper essa aliança, e a tendência é continuar o apoio ao Daniel. Ele é um bom nome, tem experiência e vai assumir o governo”, avalia.

Vilmar também reforçou que sua prioridade é disputar uma vaga para o Senado, mas não descarta a possibilidade de tentar a Câmara dos Deputados.

“Eu gostaria mesmo de ser candidato a senador. Eu me preparei para isso ao longo dos anos. Mas, se não der, eu admito a hipótese de ser candidato a deputado federal. Vamos analisar o quadro em fevereiro ou março do ano que vem e tomar uma decisão”, pontua.

O Tempo Novo foi muito bom para Goiás’

Na entrevista, o político relembrou sua relação de longa data com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e aponta pontos positivos nas duas décadas, entre 1999 e 2018, quando esteve à frente do Governo estadual.

“O Tempo Novo foi muito bom para Goiás. Os governos do Tempo Novo, que eu participei como deputado federal e secretário, modernizaram o Estado. Foi uma parceria muito boa, mas agora é outro momento, é outro quadro. Vamos ver como as coisas se definem”, completa.

Sobre o espaço do PSD na disputa majoritária, Vilmar foi direto: “A pretensão nossa do PSD é estar na chapa majoritária. Sempre estivemos. Na primeira eleição majoritária, em 2014, eu fui candidato a senador e tive mais de um milhão de votos. O PSD quer estar na chapa de 2026”.

Mesmo sem mandato há quase dez anos, Vilmar afirma estar ativo na política.

“Eu estou politicamente vivo. Estou falando, ouvindo, recebendo, visitando, escrevendo, articulando. Mesmo sem mandato e sem cargo, continuo na luta”, garante.

Caiado só tem a ganhar com pré-candidatura a presidente’

Vilmar Rocha falou ainda da decisão do governador Ronaldo Caiado de lançar-se pré-candidato a presidente da República pelo União Brasil na eleição de 2026, medida considerada acertada por ele. Para Vilmar, a decisão de Caiado não traz riscos políticos, apenas ganhos.

“Acho que o Ronaldo não tem nada a perder. Ele só tem a ganhar. Ele já se tornou um nome de destaque da sucessão de 2026. Isso é muito importante. Mesmo Goiás sendo um estado pequeno, que representa apenas 3% do eleitorado brasileiro, ele ocupou um espaço e trabalha para ocupar mais espaço. E isso é importante. Ele não tem nada a perder e politicamente é importante”, avalia.

Vilmar destaca que Caiado tomou uma decisão estratégica ao anunciar sua pré-candidatura com antecedência. “O Caiado tomou duas decisões importantes para consolidar uma candidatura: primeiro, o tempo. Ele tomou a decisão de ser candidato faltando praticamente dois anos antes da eleição. Isso é muito importante. Está trabalhando para isso. Então o tempo é importante, e a decisão. Ele tomou. Sou candidato. E agora ele tem tempo para fazer o trabalho. Isso é favorável, andar o país etc.”

O ex-deputado, porém, pondera que o cenário nacional ainda é incerto e que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o nome mais forte caso decida entrar na disputa.

“Se o Tarcísio for candidato, ele é o candidato mais forte. Eu acho que não tem para os outros. Ele vai unir o centro, o centro-direita, a direita, em torno do nome dele, além do peso eleitoral, político e econômico de São Paulo. Mas ele está dizendo que não é candidato, e eu acho que ele só vai definir isso mesmo em março do ano que vem, porque ele tem que renunciar ao mandato de governador de São Paulo. Então daqui até lá pode mudar.”

Sobre uma possível aliança de Caiado com o PSD, Vilmar revelou que o governador já conversou com o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, mas as articulações dependem do cenário.

“Eu já conversei com ele sobre isso. Ele já conversou com o Kassab sobre isso também. Mas o Kassab, o PSD nacional, tem a seguinte posição. Inclusive ela é clara nos jornais: se o Tarcísio for candidato, o PSD vai apoiar o Tarcísio. Se o Tarcísio não for candidato, a ideia do PSD é ter uma candidatura própria e não é o Eduardo Leite, é o Ratinho Júnior. Eu acho que o Eduardo Leite, ao final e ao cabo, vai ser candidato a senador pelo Rio Grande do Sul”, finaliza.

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