Hoje é 20 de maio de 2025 19:25

Zé Mário Schreiner entra no radar de Daniel Vilela para vice em 2026

Com trajetória sólida no setor agropecuário e respaldo político, ex-deputado federal surge como opção estratégica, agregando experiência, articulação regional e força institucional à corrida pelo Executivo estadual
José Mário Schreiner, conhecido como Zé Mário, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás e ex-deputado federal // Foto: reprodução

Embora ainda distante no calendário eleitoral, a sucessão estadual de 2026 já movimenta os bastidores da política em Goiás. No epicentro dessas articulações está o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que se prepara para disputar o comando do Palácio das Esmeraldas e busca o nome ideal para compor sua chapa como vice. Com a máquina estadual a seu favor e o apoio declarado do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), a escolha do companheiro de chapa tem sido tratada com cautela e estratégia.

Diversos nomes circulam nos corredores do poder e entre interlocutores políticos. Um dos mais ventilados é o do ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (UB), liderança consolidada no Sudoeste goiano. Outro nome é o do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Bruno Peixoto (UB), figura central na base de sustentação do governo na Alego. Lideranças do Entorno de Brasília também estão sendo sondadas, visando ampliar a capilaridade eleitoral da chapa no segundo maior colégio eleitoral do estado.

No entanto, um novo nome passou a figurar com destaque nas últimas semanas: José Mário Schreiner, conhecido como Zé Mário, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás (mandato 2023-2026) e ex-deputado federal por Goiás. Zé Mário é um nome que reúne uma combinação rara: experiência política, prestígio institucional, apoio expressivo do setor produtivo e trânsito livre entre lideranças do agronegócio — principal motor econômico do estado.

Com trajetória marcada pelo comando da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e pela vice-presidência da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Zé Mário consolidou-se como uma das vozes mais respeitadas do agro em âmbito nacional. Em 2018, foi eleito deputado federal com mais de 96 mil votos, representando uma ala técnica e articulada do MDB. Seu nome, segundo fontes ligadas ao núcleo político de Daniel Vilela, “agrega robustez, capital eleitoral e recursos logísticos à campanha”.

MDB, PSDB e PL desenham rota de colisão

O pleito de 2026 promete ser um dos mais acirrados da história recente em Goiás. De um lado, Daniel Vilela conta com o apoio do atual governador e a estrutura do governo estadual. Do outro, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) trabalha para retornar ao comando do Executivo após duas décadas de protagonismo político no estado.

Na outra ponta do tabuleiro, a direita prepara sua cartada com o senador Wilder Morais (PL), que opera com discrição na formação de alianças e na articulação de uma candidatura competitiva com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A equação política e o peso da vice

Nos bastidores do Palácio Pedro Ludovico, uma certeza se impõe: a eleição de 2026 será decidida nos detalhes. A escolha do vice será mais que simbólica — trata-se de uma peça-chave na costura de alianças regionais e na atração de setores estratégicos, como o agronegócio, o empresariado e os eleitores do entorno do DF.

Enquanto Daniel Vilela afunila sua análise, a entrada de Zé Mário no radar revela o movimento pragmático do MDB: atrair uma liderança de perfil técnico, respeitada nacionalmente e com densidade política regional. “É um nome que une Goiás”, confidenciou uma fonte próxima ao núcleo da pré-campanha.

A corrida já começou, mesmo que de forma não oficial. E, como diz o ditado político, quem quer chegar ao poder começa a montar o jogo muito antes do apito inicial. Em Goiás, os dados já estão sobre a mesa — e os bastidores seguem fervendo.

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