O Zoológico de Goiânia será reaberto nesta quinta-feira (12/6) após o resultado negativo para gripe aviária em exame feito em um cisne negro que morreu no último domingo (8/6). Segundo a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o teste laboratorial descartou a presença do vírus H5N1, causador da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. O exame foi realizado no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Mapa, em Campinas (SP).
A morte da ave gerou uma investigação epidemiológica conduzida pela Agrodefesa, que concluiu o laudo dentro do prazo previsto. Após vistoria técnica, a suspeita foi oficialmente descartada, e o parque foi desinterditado. O cisne vivia em regime livre no parque, o que acendeu o alerta inicial das autoridades, que decidiram fechar temporariamente o local como medida preventiva.
A Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp) afirmou que a notificação à Agrodefesa e o fechamento temporário seguiram os protocolos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “A decisão de proibir visitas teve como objetivo garantir a segurança sanitária dos animais, dos visitantes e dos colaboradores”, explicou a pasta. Com o resultado, o parque volta a operar normalmente.
Durante o período de interdição, equipes técnicas atuaram em regime de plantão, reforçando os cuidados sanitários e monitorando as demais aves do plantel. A reabertura ocorre com segurança zoossanitária assegurada, tanto para os animais quanto para os visitantes.
Influenza aviária: entenda os riscos e as medidas de prevenção
A gripe aviária é uma infecção viral que afeta principalmente aves, mas também pode atingir mamíferos, inclusive humanos. Conforme o Ministério da Saúde, casos em pessoas são raros, mas quando ocorrem, geralmente estão ligados ao contato direto com aves infectadas ou com suas fezes e secreções. “A propagação do vírus H5N1 entre humanos também é muito rara”, informam autoridades sanitárias do governo federal.
A transmissão para humanos pode causar sintomas leves, como náuseas e vômitos, até quadros graves, como pneumonia e morte. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), desde 2022 há registros de surtos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves e mamíferos silvestres em vários países das Américas. Esses surtos reforçam a necessidade de ações rápidas diante de suspeitas.
Medidas como isolamento de áreas afetadas, exames laboratoriais e restrição ao contato com animais são essenciais para o controle da doença. A orientação é que em qualquer suspeita, a população evite contato com aves doentes ou mortas e comunique imediatamente às autoridades.